BE questiona Medina sobre obras no Martim Moniz

Vereador do Bloco de Esquerda quer saber quando serão retirados os tapumes da praça lisboeta depois de abandonada a ideia de ali fazer um mercado aberto em contentores.
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Depois de abandonada a ideia de transformar a Praça Martim Moniz, em Lisboa, num espaço com lojas instalada em contentores, os tapumes da obra que não foi iniciada permaneceram no local. Agora o Bloco de Esquerda quer saber o que se passa. O vereador Manuel Grilo fez um requerimento ao município onde questiona o presidente da câmara sobre a razão de não terem sido "retirados os tapumes no prazo estabelecido".

Além desse pedido o Bloco entregou na assembleia municipal uma recomendação intitulada "Pela retirada imediata dos tapumes da Praça do Martim Moniz".

"A 14 de setembro foi noticiado o estado da praça do Martim Moniz, vedado há 11 meses para uma obra contestada e posteriormente abandonada. Na mesma notícia, fonte do Presidente da CML dizia que os tapumes da obra, que impedem a fruição da praça e asseguram um "esconderijo" para atividades alegadamente ilícitas, seriam retirados "ainda durante o mês de setembro"", lembra o vereador do BE no requerimento.

Meses depois os ditos tapumes ainda permanecem no local "e sem sinais de alterações". "Fernando Medina não pode pôr e dispor de uma praça central da cidade como se fosse sua ou de um promotor privado qualquer. A praça tem de ser devolvida aos lisboetas e o seu futuro deve ser decidido pelos/as lisboetas", recordou o vereador que é também o responsável pelos pelouros da Educação e Direitos Sociais na autarquia.

Lembrando "a relevante importância histórica, cultural e social para a cidade de Lisboa", Manuel Grilo quer ainda saber "quando serão retirados os tapumes que impedem o usufruto da praça" e se "serão garantidas as condições de higiene e reabertos os sanitários". Grilo quer ainda respostas sobre "quando será apresentado o concurso de ideias para esta praça".

"O ano de 2019 é o ano negro da Praça - retirada do usufruto à população, esvaziada e, ainda, entaipada - hoje é um buraco no centro da cidade", segundo o vereador, sem esquecer​​​​​​​ que "o futuro da praça tem estado no centro das preocupações das pessoas que moram na mouraria, mas também de Juntas de Freguesia, movimentos e associações".

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