"O Bloco de Esquerda repudia a realização desta reunião e considera que ela deve ser impedida pelas autoridades portuguesas", salienta a nota enviada às redações, acrescentando que a concentração "visa promover organizações cujos membros se distinguem no apelo à violência racista"..Entretanto, um total de 65 organizações antifascistas, 28 portuguesas e 37 estrangeiras, subscreveram um manifesto contra aquele evento internacional organizado pelo grupo de extrema-direita "Nova Ordem Social", dirigido pelo já condenado por vários crimes de índole racial Mário Machado..A plataforma antifascista, que promete promover uma concentração também no sábado, no Rossio, em Lisboa, para se manifestar contra o encontro que consideram ser de neonazis, também avançou com uma petição pública eletrónica "Contra a conferência neonazi do dia 10 de agosto em Lisboa", que reuniu até terça-feira mais de 5.800 assinaturas, apelando às autoridades políticas e aos partidos para atuarem de forma a impedir o outro encontro..Lembrando a iniciativa contra o encontro de extrema-direita, o Bloco afirma que vai estar representado na concentração e "apela à presença de todos, em nome da liberdade e da democracia"..Em comunicado divulgado também na terça-feira, o Livre criticou as autoridades por não travarem "a realização da conferência, não obstante a Constituição e as leis da República Portuguesa proibirem a existência de organizações de cariz fascistas"..Por essa razão, o partido pede também a participação na "manifestação que está a ser organizada por vários movimentos antifascistas"..Os organizadores da conferência nacionalista só pretendem divulgar o local do seu evento, marcado para as 14:00, no próprio dia, pelas 09:00, segundo a página do fórum do movimento Nova Ordem Social na internet, que já confirmou a presença de representantes de sete partidos e movimentos europeus de extrema-direita: Mário Machado, Josele Sanchez (Espanha), Adrianna Gasiorek (Polónia), Blagovest Asenov (Bulgária), Francesca Rizzi (Itália), Mattias Deyda (Alemanha ) e Yvan Benedetti (França)..Fonte policial adiantou há cerca de uma semana à Lusa que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) está a acompanhar "muito de perto" a conferência nacionalista.