Barcelona ganha no fim. Primeira e última dentadas no Rayo foram de Suárez

Liderança da Liga espanhola segura em jogo inseguro. Catalães começaram a ganhar (Luis Suárez), estiveram a perder e acabaram por cima (3-2, decidiu Suárez) com dois golos nos últimos minutos frente ao Rayo Vallecano
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O Barcelona continua a vencer enquanto Messi se encontra a recuperar de uma fratura no rádio. E numa analogia fácil, foi de orientação (por qualquer meio...) que o líder da Liga espanhola se ressentiu nos arredores de Madrid, na visita ao Rayo Vallecano. O 3-2 foi arrancado às dentadas de Luis Suárez (dois golos), a última já o cronómetro passava dos 90 minutos.

Sem Messi (e sem orientação), num jogo em que foi pouco esclarecida, a equipa de Ernesto Valverde somou a quarta vitória. Duas delas muito apetitosas (5-1 ao Real Madrid e 2-0 ao Inter de Milão, esta na Champions). A de ontem foi aberta e fechada pelo faro de golo do 'canibal' Luis Suárez, famoso tanto pelo instinto goleador como por dar umas dentadas em adversários (Chiellini, 2014; Ivanovic, 2013; Otman Bakkal, 2010). E se os golos são o sustento do futebol, o "pistoleiro" deu duas boas dentadas na apatia catalã.

A primeira podia ter despertado os culés para uma noite tranquila. Suárez abriu o marcador logo aos 11', mas depois faltou combustível para surfar sobre tão precoce vantagem. E o Rayo percebeu que podia ser uma daquelas noites em que o David tomba o Golias. Tivesse a noite acabado uns minutos mais cedo...

Em 20 minutos (com intervalo de permeio), a equipa de Vallecas (arredores de Madrid) deu a volta ao texto e ao resultado. Pozo (36') e Álvaro (56') colocaram a equipa orientada por Michel (deixou o português Bebé e o senegalês Abdoulaye Ba, ex-FC Porto e Académica, no banco, mas deu a titularidade a Advíncula, ex-V. Setúbal, e Giannelli Imbula, ex-FC Porto).

O Barça parecia sob o efeito de soporíferos. À entrada do último quarto de hora, perdia e estava atrás numa estatística que costuma dominar: remates à baliza 2-6. Mas o Barcelona é uma equipa de predadores. E em cinco minutos transformou a apatia em competência.

Aos 86', Dembelé empatou, esfriando o ambiente quente e histérico do estádio. Já no início do período de compensações, Suárez atacou outra vez. E acabou com o Rayo. Subindo à liderança dos melhores marcadores da prova: nove golos em 11 jogos.

O Atlético de Madrid atrasou-se (empatou em Leganés, 1-1) e está a quatro pontos, enquanto o arquirival de ambos segue envergonhadamente a três pontos do vizinho de cidade e a sete do Barcelona.

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