Boeing 777 de carga de companhia russa aterra de emergência em Moscovo
Um Boeing 777 da companhia aérea russa Rossiya fez uma aterragem de emergência esta sexta-feira em Moscovo devido a um problema de motor, uma semana após um incidente semelhante com um aparelho do mesmo tipo nos Estados Unidos.
"Durante o voo de carga 4520 que fazia a ligação entre Hong Kong e Madrid, foi detetado um mau funcionamento do sensor de controlo do motor", disse à France Presse a companhia através de um comunicado.
A Rossiya acrescentou que "a tripulação decidiu fazer uma aterragem de emergência em Moscovo".
Os portais especializados em assuntos ligados à aviação confirmam que se trata de um Boeing 777.
No passado sábado, um Boeing 777-220 da companhia norte-americana United Airlines, que descolou de Denver, Colorado, com destino a Honolulu, no Hawai, com 231 passageiros e 10 membros da tripulação a bordo, foi forçado a regressar ao aeroporto de onde partiu, depois de o motor direito se incendiar em pleno voo.
O avião aterrou em segurança no aeroporto de Denver e nenhum dos ocupantes ficou ferido.
Imagens filmadas por um passageiro do voo UA328 mostram o motor direito em chamas, com a fuselagem do motor destruída. Partes do motor caíram numa área residencial, sem no entanto provocar feridos.
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No domingo, o regulador norte-americano para a aviação exigiu inspeções urgentes aos aviões Boeing 777 equipados com o mesmo tipo de motor.
"Depois de consultar a minha equipa de peritos em segurança aérea relativamente à falha de motor de ontem [sábado] num avião Boeing 777 em Denver, pedi-lhes que emitissem uma diretiva de navegabilidade de emergência que exija inspeções imediatas ou minuciosas de aviões Boeing 777 equipados com alguns motores Pratt & Whitney PW4000", escreveu um responsável da Administração para a Aviação Federal (FAA, na sigla em inglês), Steve Dickson, na rede social Twitter.
"Isto significará provavelmente que alguns aviões serão retirados de serviço", acrescentou.
O responsável da FAA disse que uma análise preliminar dos dados de segurança revelou a necessidade de verificações adicionais do tipo de motor afetado.
"Com base em informações iniciais, concluímos que o intervalo entre inspeções deve ser encurtado para as pás ocas do ventilador, que são exclusivas deste tipo de motor, utilizadas apenas nos Boeing 777", explicou o funcionário.
Na sequência do incidente, a United Airlines decidiu retirar do ar 24 aparelhos Boeing 777.
A Japan Airlines (JAL) e a All Nippon Airways (ANA) anunciaram igualmente a imobilização de 13 e de 19 aviões deste tipo, respetivamente.