Avermaet deixa Sagan outra vez no segundo lugar: agora por um segundo
O ciclista belga Greg Van Avermaet (BMC) conseguiu hoje resistir no contrarrelógio da sétima e última etapa e venceu a Tirreno-Adriático, em Itália, com apenas um segundo de vantagem sobre o eslovaco Peter Sagan (Tinkoff).
O curto trajeto de 10,1 quilómetros, em San Benedetto del Tronto, foi dominado com autoridade pelo suíço Fabian Cancellara (Trek-Segafredo), mas o foco estava apontado para o duelo entre Van Avermaet e Sagan, que partiam separados por oito segundos, com o checo Zdenek Stybar (Etixx-QuickStep) de premeio.
No seu exercício predileto, num percurso totalmente plano, Cancellara impôs-se com facilidade, em 11.08 minutos, batendo o francês Johan Le Bon (FDJ) por 13 segundos, e o alemão Tony Martin (Etixx-QuickStep), outro grande especialista, por 15. O melhor português foi o campeão nacional Nelson Oliveira, 14.º, a 24 segundos, que não ficou satisfeito com o resultado, expressando no Instagram que "poderia ter sido muito melhor". Agora já pensa nas clássicas.
Na discussão do triunfo final, Sagan conseguiu um 'crono' igual ao do português (11.32) e ficou a ver o que faria Van Avermaet depois de Stybar confirmar que estava fora da luta (gastou mais 57 segundos do que Cancellara). Com um quilómetro final em que deu tudo, o belga terminou a 31 segundos do vencedor e conseguiu conservar um dos oito segundos de avanço com que partiu, o suficiente para festejar a vitória final e suceder ao colombiano Nairo Quintana.
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Batido por Van Avermaet na ponta final da sexta etapa, o campeão do mundo de fundo também teve de contentar-se com o segundo lugar final, enquanto o jovem luxemburguês Bon Jungels (Etixx-QuickStep) beneficiou do mau contrarrelógio de Stybar para completar o pódio, numa corrida em que os nomes 'maiores' ficaram arredados da discussão do triunfo devido ao cancelamento da grande etapa de montanha, no domingo, por razões climatéricas.
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"Um segundo não é muito, mas é o suficiente para ganhar uma corrida. Sabia que ia ser renhido. Eu não sou o melhor dos contrarrelogistas, mas tinha esperança de bater Sagan. Estou muito feliz que a diferença de um segundo esteja do meu lado. Nunca pensei ganhar o Tirreno-Adriatico, mas consegui", afirmou Avermaet, citado pelo site da BMC, que se tornou no primeiro belga a ganhar a prova italiana desde 1977.
Na derradeira etapa, Tiago Machado (Katusha) foi o segundo melhor português, completando o 'crono' a 50 segundos de Cancellara, enquanto os gémeos Domingos e José Gonçalves (Caja Rural) terminaram 'juntos', em 104.º e 105.º, com um segundo de diferença (1.07 e 1.08). Ricardo Vilela, colega de ambos, gastou mais 1.14 e terminou em 125.º.
Na geral, Tiago Machado foi o melhor, concluindo no 31.º posto, a 2.45 minutos, seguido de José Gonçalves (37.º, a 3.16), Nelson Oliveira (40.º, a 3.40), Domingos Gonçalves (130.º, a 22.41) e Ricardo Vilela (158.º, a 31.28).