Autoridades cabo-verdianas aconselham aviões a desviarem a rota
Numa nota de imprensa, a empresa Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) cabo-verdiana, que gere os aeroportos e aeródromos do país, indica já ter avisado a comunidade aeronáutica internacional sobre a erupção na ilha do Fogo, registada no domingo, sugerindo que desviem as rotas do fumo expelido do vulcão, que já chegou aos 4.500 metros de altitude.
"Desde o primeiro minuto que os serviços de controlo de tráfico aéreo foram avisando as aeronaves sobre uma possível erupção, porque estávamos em situação de alerta", afirmou o presidente do Conselho de Administração da ASA, Mário Paixão, explicando que, após a erupção as aeronaves desviaram a sua rota para oeste, de forma "tranquila e segura".
A ASA vai agora notificar as aeronaves para que nos seus planos de voo mudem a sua rota para oeste.
O aeródromo do Fogo continua aberto às operações aéreas, bem como os restantes dois - Maio e São Nicolau - e os quatro aeroportos internacionais - Cidade da Praia (Santiago), Sal, São Vicente e Boavista.
Na sequência da erupção, 19 anos após a última, o Governo cabo-verdiano decretou a "situação de contingência" por tempo indefinido, abrangendo os três concelhos do Fogo - São Filie, Mosteiros e Santa Catarina -, bem como o da ilha Brava, a pouco mais de 25 quilómetros para oeste.
A Brava, que é frequentemente assolada com abalos sísmicos precisamente por causa do vulcão do vizinho Fogo, não registou qualquer situação anómala na sequência da erupção de domingo, relata hoje, entretanto, a imprensa cabo-verdiana.
Entrevistado pela Rádio de Cabo Verde (RCV), o presidente da Câmara Municipal da Brava, Orlando Bala, disse estar "tudo calmo".