Ativistas prometem bloquear ruas de Londres contra inação britânica face à crise climática

Também em Portugal, durante a Greve Climática, na semana passada, o movimento ativista pelo clima bloqueou a circulação junto ao Banco de Portugal, em Lisboa. Em Londres, os protestos deverão decorrer durante duas semanas.
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Os ativistas do movimento de ação ambiental Extinction Rebellion pretendem bloquear as ruas de Londres a partir da próxima semana, em resposta ao que classificam de inação do Governo britânico face à crise climática.

Espera-se que os bloqueios durem no mínimo duas semanas e que mais de 20 mil pessoas participem neles, de acordo com o movimento ambientalista, que organizou uma conferência de imprensa em Londres, na quinta-feira, na qual participaram cerca de 40 representantes do movimento.

Segundo os porta-vozes do grupo, os manifestantes vão ocupar onze áreas estratégicas distribuídas pelo distrito central de Westminster, incluindo Trafalgar Square e a Westminster Bridge.

"Somos um movimento de massas que usa a desobediência civil não-violenta para pedir ao Governo que atue contra a extinção em massa. Precisamos de uma ação rápida e radical", disse Robin Boardman, ativista e porta-voz da organização.

Além do meio ambiente, outro foco central dos protestos será abrir um debate sobre como "melhorar a democracia".

"Não somos apenas um movimento contra as mudanças climáticas. Estamos preocupados com a biodiversidade, a acidez dos oceanos, a crise alimentar global. É pior do que pensamos", disse a cofundadora da Extinction Rebellion Clare Farewell.

Na semana passada, durante a Greve Climática, cerca de 500 ativistas deste movimento, que foi replicado em Portugal, fizeram um bloqueio no cruzamento da Avenida Almirante Reis com a Rua de Angola, em frente ao Banco de Portugal, em Lisboa. Só quatro horas, sob grande pressão policial, depois decidiram desmobilizar.

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