Ativistas da Greenpeace passam de piratas a vândalos
"As ações das pessoas implicadas no processo criminal [do navio da Greenpeace] foram reclassificadas como vandalismo", afirmou o porta-voz da comissão de inquérito, Vladimir Markine, em declarações à agência noticiosa russa RIA Novosti.
Segundo a lei russa, os elementos e colaboradores da organização não-governamental ecologista, que estavam acusados de "pirataria em grupo organizado", arriscavam uma pena até 15 anos de prisão.
O crime de "vandalismo" é passível de uma pena até sete anos de prisão.
O "Arctic Sunrise", navio da organização não-governamental ecologista com pavilhão holandês, foi apresado no passado dia 19 de setembro por comandos da guarda costeira russa, depois de os ativistas da Greenpeace terem tentado escalar uma plataforma do gigante russo do gás Gazprom, no Mar de Barents (Ártico russo).
Os ativistas estavam a protestar contra a exploração petrolífera no Ártico.
O navio seria depois rebocado até Murmansk (noroeste da Rússia) e a tripulação, composta por 28 militantes da Greenpeace e dois jornalistas, foi colocada em prisão preventiva durante dois meses.
No início deste mês, os 30 membros da tripulação, dos quais 26 são cidadãos estrangeiros, foram acusados formalmente de "pirataria em grupo organizado".