Ativista processa a polícia por atuar de forma "militarizada e agressiva"
DeRay McKesson, um dos líderes do movimento Black Lives Matter, vai processar a polícia de Baton Rouge pelas detenções em massa que foram efetuadas durante os protestos contra a violência policial que decorreram a 9 de julho.
Nos protestos, que decorreram depois da morte de Alton Sterling, um afro-americano de 37 anos que, apesar de estar desarmado, foi abatido por dois agentes brancos enquanto vendia discos na rua, Mckesson e outras 200 pessoas foram detidas. O ativista acusa as forças de segurança de Louisiana de atuarem de "forma militarizada e agressiva" aquando da sua detenção.
O líder do Black Lives Matter foi detido por obstruir uma autoestrada, apesar de as imagens do protesto transmitidas em direto provarem que esteve sempre fora da faixa de rodagem. Mckesson e metade das pessoas que foram detidas nesse dia não foram formalmente acusadas pelas autoridades.
O governador do Louisiana, John Bel Edwards, continua a defender que a resposta da polícia aos protestos pacíficos foi "apropriada".
No processo judicial, Mckesson e outros dois manifestantes acusam a força policial de ter agido agressivamente sem necessidade durante as dezenas de detenções.
"Os acusados usaram força excessiva ao atacarem e espancarem os queixosos e outros membros da classe sem provocação ou necessidade de autodefesa", lê-se no processo, citado pela BBC.
O assassinato de Alton Sterling foi apenas um dos muitos cometidos pela polícia nos últimos anos nos Estados Unidos da América e que desencadeou protestos em massa e debates sobres diferenças raciais no país.
O movimento ativista "Black Lives Matter" (em tradução literal, "a vida dos negros também importa") é internacional e começou na comunidade afro-americana, tendo por objetivo lutar contra a violência sobre os negros.