Ataques aéreos russos mataram 11 combatentes pró-Turquia na Síria

Treze combatentes da divisão Hamza ficaram feridos. Os aviões russos realizaram dez ataques aéreos desde sábado na região de Afrin.
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Pelo menos onze combatentes de um grupo sírio pró-turco morreram este domingo em ataques russos numa área controlada pela Turquia e os seus aliados locais no norte da Síria, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

"Onze combatentes da divisão Hamza morreram e outros treze ficaram feridos em ataques da Força Aérea russa no vilarejo de Brad, na região de Afrin", localizada na província de Aleppo, no norte do país, disse o OSDH.

Os ataques tiveram como alvo uma escola que servia de quartel-general e um campo de treino de um grupo rebelde, tendo as paredes do edifício ficado destruídas.

De acordo com o Observatório, as equipas de resgate procuram agora descobrir sobreviventes ou cadáveres presos sob os escombros.

Os aviões russos realizaram dez ataques aéreos desde sábado na região de Afrin, disse à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, descrevendo os bombardeamentos russos nesta zona como "raros".

"A mensagem da Rússia é clara: quer pressionar os turcos e garantir que não haja fronteiras e nem linhas vermelhas" para a sua ação e os seus objetivos militares na Síria, disse à AFP um responsável do Exército Nacional, uma coligação de grupos rebeldes pró-Ancara, que apelida os ataques aéreos russos de "crime".

A Rússia, aliada do regime sírio, e a Turquia, que apoia grupos rebeldes, são dois atores importantes no conflito sírio e em 2020 patrocinaram um acordo de cessar-fogo na região de Idlib, no noroeste da Síria, que ainda escapa ao controle de Damasco. Localizada na província de Aleppo, a região curda de Afrin foi conquistada em março de 2018 pelas forças turcas e por grupos sírios.

Iniciada em 2011 por protestos pró-democracia, a guerra na Síria cresceu em complexidade ao longo dos anos e provocou cerca de meio milhão de mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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