2 de setembro de 2015. A fotojornalista turca Nilüfer Demir fotografa Alan Kurdi, voltado de barriga para baixo, morto na zona costeira de Bodrum. O menino sírio de 3 anos e a família tentavam chegar numa embarcação insuflável rudimentar à ilha grega de Kos. A imagem foi amplamente partilhada nas redes sociais em todo o mundo acompanhada de mensagens de indignação e de tristeza. A fotojornalista viu a imagem selecionada pela revista Time, nesse ano, como uma das cem fotografias do ano. A União Europeia assinou, em março de 2016, um acordo com a Turquia no sentido de os turcos travarem a vaga de imigração ilegal para a Grécia. Nalguns países da UE, a retórica anti-imigração cresceu e alimenta partidos e movimentos populistas. A Hungria ergueu uma vedação de quilómetros e criminalizou a ajuda aos migrantes ilegais e refugiados. A Itália recusou deixar atracar navios com migrantes ilegais e refugiados a bordo e a sua justiça persegue também quem os ajuda. Só para citar dois exemplos. Três anos depois constatou-se que aquele acordo não solucionou o problema. Só o manteve longe dos olhos. Na Turquia vivem atualmente 3,6 milhões de sírios, 500 mil em Gazantiep, uma cidade da fronteira..12 de junho de 2018. O fotojornalista norte-americano John Moore fotografa Yanela Sánchez a chorar enquanto a mãe, Sandra, é detida pela guarda fronteiriça em McAllen, no Texas, EUA. A menina de quase 2 anos e a mãe vinham das Honduras. Formavam parte de um grupo de pessoas que atravessaram o rio Grande e esperavam obter asilo nos EUA. Foram apanhadas nas políticas de "tolerância zero" da administração de Donald Trump em relação à imigração. A imagem foi amplamente partilhada nas redes sociais em todo o mundo acompanhada de mensagens de indignação e de tristeza. O fotojornalista viu a sua fotografia vencer a edição de 2019 do World Press Photo e inspirar uma capa da Time crítica do presidente. Trump anulou a sua decisão de mandar separar crianças e pais migrantes. Mas continuou com o seu plano de um muro entre o México e os EUA, entre ameaças e negociações com os países vizinhos, críticas e ameaças à oposição democrata numa disputa que chegou já a levar a um shutdown do governo no início deste ano. Yanela e a mãe vivem atualmente em Washington DC enquanto aguardam decisão judicial sobre a sua situação..23 de junho de 2019. A fotojornalista mexicana Julia Le Duc fotografa Valeria Martínez agarrada ao pescoço do pai, Óscar, pela mesma T-shirt, ambos de barriga para baixo, mortos, no rio Grande, na fronteira entre o México e os EUA. A menina de 23 meses e os pais vieram de El Salvador e estavam há dois meses no México a tentar pedir asilo aos EUA. Em Matamoros chegaram a ser 1800 os migrantes à espera de asilo. Os americanos só dão três entrevistas por semana. Desesperados, decidiram atravessar. O pai levou primeiro a menina e deixou-a do lado americano. Veio buscar a mãe. Mas a pequena caiu ao rio e ele foi em seu auxílio. Arrastados pela corrente, não conseguiram, morreram afogados. A imagem foi amplamente partilhada nas redes sociais em todo o mundo acompanhada de mensagens de indignação e de tristeza. A fotojornalista deu entrevistas a explicar como se deu a circunstância de obter aquela imagem e não se sabe que prémios ganhará. Os democratas da Câmara dos Representantes aprovaram um pacote de 4,5 mil milhões de dólares para ajuda humanitária aos migrantes na fronteira do sul dos Estados Unidos. Mas a medida terá agora de ser aprovada no Senado, que é controlado pelos republicanos.Trump poderá vetá-la. Entretanto, já culpou Barack Obama, já tuitou sobre a importância do muro, enalteceu o acordo com o México de Manuel López Obrador. Mas irá alguma coisa mudar na fronteira? Sobretudo no que toca às crianças? Irá alguma coisa mudar no que toca à resposta de Trump e de outros políticos conservadores no que toca às migrações?.O falhanço em ajudar os que fogem da guerra e da miséria."O Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados está profundamente chocado com a fotografia que mostra os corpos afogados de Óscar Alberto Martínez Ramírez e da sua filha de 23 meses, Valeria, de El Salvador, que foram levados pelas águas do rio Grande", diz aquela agência da ONU em comunicado, citado pela Reuters. "As mortes de Óscar e de Valeria representam um falhanço em responder à violência e ao desespero que leva as pessoas a arriscar tudo por uma vida melhor.".Além desta agência da organização liderada por António Guterres, também o Papa Francisco reagiu, mostrando-se consternado. "Com imensa tristeza, o Santo Padre viu as imagens do pai e da filha que se afogaram quando procuravam atravessar a fronteira entre o México e os Estados Unidos", disse o porta-voz interino do Vaticano, Alessandro Gisotti, em comunicado citado pela AP. "O Papa está profundamente consternado pelas suas mortes e reza por eles e por todos os imigrantes que perderam a vida quando tentavam fugir da guerra e da miséria", sublinhou, numa altura em que Francisco destinou 500 mil dólares para projetos de alojamento e de alimentação para os migrantes.."Estou triste e doente: é assim que esta nova tragédia me faz sentir. Três anos depois da trágica morte de Alan Kurdi, isto vem de novo lembrar os dramas humanos que estão a acontecer diariamente em todo o mundo. As migrações são um desafio ao qual se deve responder com realismo, mas, acima de tudo, com humanidade", escreveu, na sua conta de Facebook, o ex-primeiro-ministro belga e candidato dos liberais à Comissão Europeia Guy Verhofstadt.."As políticas cruéis de imigração do presidente, que destroem famílias e aterrorizam as comunidades, exigem as rigorosas salvaguardas deste projeto para garantir que estes fundos serão usados apenas para necessidades humanitárias", disse a representante Nita M. Lowey, democrata, no dia em que o Congresso aprovou os 4,5 mil milhões de dólares. "Isto não é uma lei de imigração. É uma lei com dotações para fazer face às necessidades das crianças", declarou, por sua vez, Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, de maioria democrata, sobre o pacote que ainda tem de ser aprovado pelo Senado, de maioria republicana, podendo ainda ser também vetado por Trump. Segundo o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, a lei deverá ser votada nesta quarta-feira..Crianças ao abandono, em celas sobrelotadas, com piolhos e a comer burritos.Apesar de o próprio Trump ter dado ordem para que as famílias sejam reunidas e não sejam mais separadas, a verdade é que centenas de crianças continuam em abrigos governamentais. Recentemente, um grupo de advogados teve acesso a um desses abrigos em Clint, no Texas, a cerca de meia hora de carro de El Paso, junto à fronteira com o México, testemunhando as péssimas condições em que vivem cerca de 250 crianças.."Não havia ninguém a tomar conta destas crianças... Não estavam a tomar banho de forma regular. Algumas crianças estão a ser mantidas em armazéns que foram erguidos nas instalações", disse, à BBC, Warren Binford, da Universidade de Willamette, no Oregon. "As celas estão sobrelotadas, há uma infestação de piolhos, um surto de gripe. As crianças estão fechadas em isolamento sem qualquer supervisão de adultos, estão muito doentes, deitadas no chão, em tapetes."."Estão a usar a mesma roupa suja com que atravessaram a fronteira. Isto é degradante e não devia acontecer na América", declarou, por seu lado, à CBS News, Elora Mukherjee, outra das advogadas que estiveram em Clint. Segundo o congressista democrata do Texas Terry Canales, a Border Patrol "não aceita donativos" mesmo se alguns residentes da área querem ajudar a fazer chegar roupa e alimentos a estas crianças..Nesta quarta-feira, dia em que a imprensa norte-americana republicou a fotografia de Óscar e de Valeria, inicialmente publicada no jornal mexicano La Jornada, o comissário interino da Agência de Alfândegas e Proteção de Fronteiras dos EUA, John Sanders, anunciou que se demite do cargo a 5 de julho. Fonte da agência, citada pela Reuters a coberto do anonimato, admitiu que a agência não quer receber e ficar responsável pelas crianças porque "as nossas instalações não foram desenhadas para tal". E que as crianças eram alimentadas três vezes por dia com snacks como "burritos, ramen noodles, copos de aveia, sumos de fruta" e autorizadas a tomar banho de três em três dias..Os centros de apoio fronteiriços foram projetados para ter as pessoas até três dias, mas algumas crianças estão em Clint e em McAllen há semanas. Legalmente, os migrantes menores de 18 anos devem ser transferidos para o Serviço de Realojamento de Refugiados no prazo de 72 horas, alertaram os advogados. "Isto é abuso infantil", acusou a democrata Nancy Pelosi. "É uma atrocidade que viola todos os valores que nós defendemos, não apenas como americanos, mas como seres humanos.".Numa entrevista ao Meet the Press da NBC News, transmitida na íntegra no domingo, Trump atirou culpas para o seu antecessor na Casa Branca: "Isso já acontecia muito antes de eu chegar aqui. No governo do presidente Obama havia separação. Fui eu quem acabou com isso. Agora eu disse uma coisa: quando terminei com aquilo, eu disse: 'Sabem o que vai acontecer? Mais famílias vão aparecer. E foi o que aconteceu.'".López Obrador ordena calma à Guarda Nacional após críticas sobre o papel do México.Nesta semana, o México deslocou cerca de 15 mil polícias e militares para a fronteira com os Estados Unidos no âmbito do acordo concluído com Washington para travar a imigração ilegal. "Entre a Guarda Nacional e membros do Exército, existe um envio total de perto de 15 mil homens para o norte do país", declarou o ministro da Defesa mexicano, Luis Cresencio Sandoval, durante uma conferência de imprensa na companhia do presidente Andrés Manuel López Obrador..Ao ser interrogado sobre a possibilidade de o Exército e a Guarda Nacional - que integra militares e polícias federais - não apenas intercetarem migrantes durante a sua travessia em território mexicano, mas também procederem à sua detenção quando tentarem atravessar a fronteira com os Estados Unidos, o ministro confirmou essa disposição. "Considerando que a migração [clandestina] não é um crime, mas um delito administrativo, vamos detê-los e remetê-los à disposição das autoridades" migratórias, indicou o general Sandoval..As forças de segurança procedem regularmente a detenções de migrantes clandestinos em território mexicano, mas é raro que ocorram junto à fronteira com os EUA. O ministro da Defesa mexicano também precisou que 6500 homens foram deslocados para a fronteira sul com a Guatemala, para impedir a passagem de milhares de migrantes da América Central que procuram alcançar os Estados Unidos, em fuga da miséria e da violência nos seus países..No final de maio, o presidente norte-americano Donald Trump ameaçara impor taxas alfandegárias sobre todos os produtos mexicanos importados para os EUA caso o México não adotasse medidas para travar a vaga de migrantes. A 7 de junho, os dois países anunciaram um acordo. Para além do envio de forças policiais e militares para as fronteiras do país, o México comprometeu-se a acelerar o regresso ao país de origem dos migrantes, enquanto o seu pedido de asilo for teoricamente analisado nos Estados Unidos..O México tem sido criticado por ativistas dos direitos humanos por estar a fazer o trabalho sujo para os EUA. Na terça-feira, na sua habitual conferência de imprensa matinal, às 07.00 locais, López Obrador foi insistentemente confrontado pelos jornalistas com fotografias que mostravam membros da Guarda Nacional, armados com espingardas automáticas, a perseguir mulheres imigrantes da América Central e de Cuba na Ciudad Juárez, na parte que faz fronteira com El Paso, no Texas.."Pode ter havido alguns excessos, mas as instruções são no sentido de que os direitos humanos dos migrantes sejam respeitados e assim continuará a ser", declarou o presidente do México, citado pela Reuters. Testemunhas ouvidas pela mesma agência indicaram que, após as declarações de Obrador, na terça-feira à tarde, a Guarda Nacional já parecia mais permissiva. Um grupo de agentes dessa força policial observou, sem intervir, um grupo de 12 adultos e quatro crianças que, em passo apressado, caminhavam por uma zona seca do leito do rio Grande na fronteira com os EUA, disse a testemunha. Um membro dessa guarda, que falou à Reuters a coberto do anonimato, indicou que tinham ordens para não deter os migrantes, apenas ler-lhes os seus direitos e aconselhá-los a não atravessar para o lado dos EUA..Trump furioso com os democratas, com as sondagens e com Mueller."É uma pena que os democratas no Congresso não queiram fazer nada em relação à segurança da fronteira. Eles querem fronteiras abertas, o que significa crime. Mas nós vamos conseguir dar conta disto, inclusive vamos conseguir construir o muro! Mais pessoas do que nunca estão a vir para cá porque a economia dos EUA está tão bem, como nunca antes esteve", escreveu Trump no Twitter, nesta quarta-feira, acrescentando: "Os democratas querem fronteiras abertas, o que significa violência, crime, drogas e tráfico de seres humanos. Também querem impostos elevados, tipo 90%. Os republicanos querem o que é melhor para a América - exatamente o oposto!".Nesta quarta-feira, Trump desferiu ataques também contra Robert Mueller, ex-procurador especial para a investigação sobre as interferências da Rússia na campanha para as eleições presidenciais de 2016. Ganhas pelo republicano. Isto depois de saber que Mueller aceitou ir testemunhar perante o Congresso norte-americano no dia 17 de julho. Numa entrevista à Fox Business Network, na qual se queixou também de censura por parte do Twitter, o chefe do Estado norte-americano acusou Mueller de ter apagado mensagens trocadas entre dois ex-oficiais do FBI que expressaram desdém pelo presidente.."Robert Mueller apagou as mensagens deles. Ele apagou-as. Desapareceram. E isso é ilegal. É um crime. Isto nunca acaba", desabafou Trump, lembrando que a investigação liderada pelo próprio Mueller concluiu que houve tentativa dos russos de interferir nas eleições mas que não foi possível provar que houve algum tipo de conspiração entre Trump e a Rússia. Porém, ao anunciar a sua demissão, no final de maio, o que Mueller disse foi: "Um presidente em funções não pode ser acusado de um crime federal porque isso é inconstitucional. Acusar o presidente de um crime não era, portanto, uma opção ao nosso dispor." O ex-procurador especial declarou que, se o seu gabinete "estivesse confiante de que o presidente não cometeu um crime, tê-lo-ia dito. Não conseguimos, porém, determinar que o presidente não cometeu um crime"..Trump está também pressionado - e furioso - com as sondagens. Em meados deste mês, o The Washington Post noticiou que o presidente despediu três analistas de sondagens (Bree Lloyd, Mike Baselice e Adam Geller) que tentaram demonstrar-lhe que ele estava em séria desvantagem em vários estados fundamentais para a sua ambição de reeleição. Trump anunciou a sua recandidatura, a 18 de junho, num discurso que durou hora e meia..Segundo o jornal, Trump permitiu que mantivessem os seus empregos dois outros analistas (Tony Fabrizio e John McLaughlin), apesar de eles também terem apresentado sondagens que mostravam que o democrata Joe Biden (ex-vice-presidente de Barack Obama e o candidato mais bem posicionado para uma vitória em 2020, segundo a maioria dos estudos) está em vantagem em estados como Iowa, Carolina do Norte, Ohio e Georgia (círculos que em muito contribuíram para a vitória de Trump em 2016)..De acordo com as informações reveladas pelas media norte-americanos, Trump terá ficado sobretudo preocupado com as sondagens da sua equipa que revelavam que Joe Biden tem 51% das intenções de voto, contra 41% de Trump, no Wisconsin, perdendo também por larga margem na Pensilvânia e na Florida - todos eles estados muito relevantes para garantir uma vitória em 2020..Também a estação televisiva Fox News, considerada próxima do presidente, revelou neste fim de semana sondagens que mostravam Trump a poder perder contra vários possíveis candidatos Democratas. Numa mensagem no Twitter, o milionário republicano pediu aos seus apoiantes para não acreditarem em qualquer sondagem que revele que ele aparece atrás dos candidatos democratas. "Apenas as sondagens falsas mostram que estamos atrás", escreveu Trump, dizendo que ainda é muito cedo para andar a fazer contas a resultados eleitorais.."É preciso dar prioridade às causas que levam as pessoas a migrar".Numa entrevista ao DN, no final de fevereiro, o diretor-geral da Organização Internacional das Migrações, António Vitorino, recusou comentar especificamente as políticas migratórias dos EUA ou de outros países da UE que recusaram subscrever o Pacto Global das Migrações da ONU. Porém, ressalvou que os fluxos migratórios são uma coisa que nunca vai acabar e, por isso, é importante uma visão integrada.."O que é preciso é encontrar formas de cooperação e dar prioridade às causas profundas que levam as pessoas a migrar. No caso da América Central, é a falta de oportunidades de emprego, mas também a insegurança, a proliferação de grupos criminosos, a necessidade de reforçar as regras do Estado de direito. Muita gente foge da pobreza, mas muita gente foge também da insegurança pública, da ação de gangues de traficantes de droga, é aí que estão as respostas estruturais a fenómenos como as caravanas", disse Vitorino, ex-comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos..E tocou no ponto sensível - hoje muito discutido - das alterações climáticas. "As alterações climáticas vão fazer-se sentir em todo o planeta, mas de forma diferente. Quando falamos de migrações e alterações climáticas, é completamente diferente falar da seca, da falta de água e do esgotamento de terrenos agrícolas na África Central, que leva uma massa de população a deslocar-se, ou para zonas urbanas ou para outros países; ou falar da situação do Pacífico ou de algumas ilhas nas Caraíbas, onde é o aquecimento global e a subida do nível da água do mar que reduz o território onde as pessoas podem viver e as leva a deslocar-se. Ou, se quisermos ainda, noutros sítios, as cheias, as inundações, os ciclones, os tufões, provocam, obviamente, movimentos populacionais. Não há um modelo para todos. Cada caso tem de ser analisado de acordo com a sua especificidade. Agora, há algo que os reúne. E isso é que há cada vez mais pessoas que têm de se deslocar em virtude das alterações climáticas. Seja por causa de catástrofes naturais, algumas de responsabilidade humana, seja por causa da lenta, mas progressiva, degradação das condições ambientais e climatéricas. Nesse sentido, hoje, à escala global, existem cerca de 40 milhões de pessoas internamente deslocadas, e uma parte muito significativa dessas pessoas estão deslocadas dos seus sítios de origem por causa de razões ligadas às alterações climáticas. O grande desafio é criar condições para que as pessoas deslocadas possam fixar-se num novo território e serem aceites nesse mesmo território."