Árvore caída no Castelo desenterra esqueleto humano
Segundo uma nota enviada à Lusa, a Câmara de Leiria afirma que o esqueleto estava "em posição vertical, preso nas raízes da árvore" que tombou durante o temporal de 19 de janeiro.
A equipa de arqueologia do município de Leiria, após "observação cuidada" das raízes e da abertura no solo - com cerca de três metros de diâmetro - provocada pela queda da árvore "constatou a presença de vestígios de um indivíduo adulto, enterrado deitado de costas e segundo os ritos canónicos cristãos". Foram ainda recolhidos no local pregos em ferro, tachas de bronze e botões em osso, "possivelmente associados ao enterramento", acrescente a autarquia.
A autarquia de Leiria comunicou o achado à Direção Regional de Cultura do Centro, "bem como as características insólitas do mesmo", tendo as ossadas sido removidas "de emergência, já que os ossos visíveis "se encontravam expostos, em risco de queda e sujeitos a forte precipitação".
A Câmara Municipal lembra que escavações arqueológicas realizadas em 2012 revelaram a existência de uma necrópole medieval "bem preservada" no adro da igreja da Pena, tendo sido identificadas "sepulturas estruturadas, delimitadas por lajes de pedra e/ou ladrilhos cerâmicos e com tampa em lajes de calcário". Sendo na mesma altura identificado, no interior da igreja, um esqueleto de um adulto.
No entanto, a autarquia frisa que com os dados relevados pelo "achado fortuito" do esqueleto na sequência da queda da árvore devido ao temporal de 19 de janeiro, aquela área "foi também usada como espaço de enterramento humano".