Armstrong sobre o doping e a queda da carreira: "não mudaria nada"

A rede de televisão norte-americana NBCSN transmitirá esta semana uma entrevista exclusiva ao ex-campeão de ciclismo, banido da modalidade depois de confirmadas as suspeitas de doping. Atleta considera que foi "um alvo fácil".
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Falar do ex-ciclista Lance Armstrong, agora com 47 anos, é lembrar a sua glória e queda. Depois de confirmadas as suspeitas de que o atleta estava sobre doping, em 2012, perdeu todos os sete triunfos da Volta à França e foi banido da modalidade. Mas, olhando para trás, Armstrong não tem dúvidas: "não mudaria nada", disse numa entrevista à rede de televisão norte-americana NBCSN. A conversa de 30 minutos com o antigo ciclista será transmitida na próxima quarta-feira, de acordo com a Reuters.

Sete anos depois, o norte-americano discute agora a sua carreira e as decisões que tomou ao longo dela. "Nós fizemos o que tínhamos de fazer para vencer. Não era legal, mas eu não mudaria nada", frisou na entrevista. Mesmo que tenha "perdido uma grande quantidade de dinheiro" em processos judiciais e, como disse, tivesse passado "de herói a nada".

Mesmo depois dos rumores, Armstrong só viria a admitir estar sob doping numa entrevista televisiva com Oprah Winfrey, em janeiro de 2013. Mas considera que foi "um alvo fácil". "Se eu apenas me dopasse e não dissesse nada, nada disto teria acontecido", acredita. "Estava praticamente a implorar para virem atrás de mim", confessou.

Durante anos, como se veio a provar, manipulou amostras sanguíneas e análises de urina para que nunca se descobrisse o esquema no qual Armstrong e o seu médico italiano e cúmplice Michele Ferrari

Foi um ícone na sua modalidade e considerado realmente um herói para tantos admiradores e talvez por isso a sua queda se tenha tornado tão icónica quanto a sua glória. Desde então que as entidades competentes pelo controlo de doping apressaram o rigor nos exames e vários outros casos vieram a público, quer no ciclismo quer nas restantes modalidades.

Em 2017, em Portugal, registaram-se três casos no futebol português. E apesar de os número do ano seguinte ainda não serem conhecidos, um dos representantes da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), Rogério Jóia, garante que "são inferiores".

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