Armas e livro de Hitler encontrados na casa de suspeito de agressão a Macron
Os investigadores encontraram esta quarta-feira armas e uma cópia do livro Mein Kamp, de Hitler, em casa de um dos suspeitos de, na véspera, ter agredido o presidente francês, Emmanuel Macron.
As autoridades detiveram dois homens, ambos com 28 anos, numa escola de hotelaria no sudeste de França, a região que o presidente Macron visitava quando foi violentamente esbofeteado.
O livro e as armas foram encontrados na residência do suspeito que terá filmado a agressão que aconteceu em Tain-L'Hermitage.
As armas incluíam uma espada, uma adaga e uma espingarda, que estava legalmente na sua posse.
O primeiro suspeito, o homem que esbofeteou Macron, será próximo dos sectores da extrema-direita e monárquicos, além de ter uma paixão por História de França. Na sua página do Instagram, descreve-se como fazendo parte de uma federação nacional de artes marciais históricas europeias. Isto a acompanhar fotos dele vestido com roupas da Idade Média e uma grande espada.
O segundo suspeito também será fã de combates medievais.
Macron foi esbofeteado quando se dirigia a uma multidão que o aguardava. Num vídeo posto a cirular nas redes sociais, o presidente francês parece ser chamado pela população que está a assistir à sua visita, dirige-se para cumprimentar várias pessoas e um dos populares puxa-o e dá-lhe uma bofetada, sem que os serviços de proteção presidenciais tivessem tido tempo de intervir.
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Macron reagiu pouco depois e disse que a agressão "foi um ato isolado" e que é preciso relativizar o acontecido. "Não quero que isto obscureça os temas importantes de que estamos a tratar e que tocam a vida de tantas pessoas", disse o Presidente francês ao final da tarde desta terça-feira.
Esta visita à região ao Drôme foi especialmente pensada para promover encontros com empresários da restauração. Tain-l'Hermitag foi a segunda paragem do chefe de Estado num périplo de cerca de 10 cidades que vai levar o governante ao encontro com os franceses e a apurar o impacto da pandemia no dia-a-dia das populações. Tudo a pensar já nas presidenciais de 2022.