Em causa está a realização de um estudo de viabilidade económico-financeira, com vista à obtenção de financiamento para pagamento de obras no lar de terceira idade e centro de dia pertencente àquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que, de acordo com o Ministério Público (MP), nunca foi feito..Perante o coletivo de juízes, a ex-secretária da direção da AMPO disse que se tratou de um "serviço de consultadoria financeira" e que os documentos foram entregues à Banca para obtenção do empréstimo, que não chegou a ser concedido..A arguida afirmou ainda que o referido estudo não foi apresentado à instituição, porque nunca lhe foi pedido..Na mesma sessão, foi também ouvido o gerente da empresa responsável pela realização do referido estudo e que também negou a acusação..Além destes dois arguidos, o processo envolve ainda o ex-marido da antiga secretária da direção da AMPO e duas empresas de consultoria..Todos os arguidos estão acusados de um crime de burla qualificada e outro de falsificação de documento..Os factos remontam a 2011, quando a AMPO terá decidido fazer um estudo de viabilidade económico-financeira, com vista à obtenção de financiamento para pagamento de obras no lar de terceira idade e centro de dia..De acordo com a acusação, a então secretária da direção determinou por sua iniciativa, à revelia dos sócios e dos órgãos da associação, a entrega da suposta elaboração do estudo a uma empresa de consultoria, tendo pagado 41.205 euros pelo trabalho que nunca chegou a ser realizado..A acusação refere ainda que o presidente da direção, apesar de nunca ter tido acesso ou visto o referido estudo, "confiou na arguida e acreditou que os serviços tinham sido prestados pela empresa".