Apoiante de Bolsonaro sofre ataque homofóbico
Karol Eller, 32 anos, amiga íntima de Jair Bolsonaro e da família, sofreu um ataque homofóbico no domingo num quiosque à beira da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que a deixou com o rosto desfigurado.
Acompanhada da namorada, foi abordada por um homem que a interpelou de forma agressiva - "como é que você consegue estar com um mulherão desses, hein?". Em seguida, depois de socada e pontapeada, desmaiaria e seria conduzida a um hospital, segundo conta o cronista social Leo Dias.
"Orem por mim", disse Karol, através das redes sociais, já na terça-feira. Um amigo acrescentou que ela não está a ver bem de um olho, sente dificuldades ao falar e tem ainda o rosto muito inchado.
Karol, que é youtuber, foi recém nomeada pelo governo para a Empresa Brasil de Comunicação, é visita de casa do presidente da República e crítica dos movimentos LGBT. "Vocês não falam por mim, tomei nojo, por favor compartilhem", escreveu ela recentemente.
Deputados de extrema-esquerda condenaram o incidente, embora apontando o dedo às políticas de Bolsonaro. O deputado federal David Miranda, do PSOL, disse que "a violência não faz distinção por preferência partidária". "Lamentavelmente Bolsonaro alimenta a LGBTfobia e o discurso de ódio contra nós. Isso não é impeditivo para que prestemos nossa solidariedade à Karol Eller, que se recupere logo!".
Sâmia Bonfim, também do PSOL, declarou "solidariedade a Karol Eller" mas criticou o presidente. "Infelizmente, temos um presidente da República que estimula a homofobia ao declarar preferir um filho morto a um filho homossexual".