Apelos para que imagens dos crimes não sejam mostradas

O Presidente Sarkozy e as famílias das vítimas recusam a exibição das filmagens dos atentados de Mohamed Merah.
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O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu às estações televisivas para que não difundam, "sob nenhum pretexto", as imagens dos crimes cometidos por Mohamed Merah. Estas imagens estão na posse da Al Jazeera, que as obteve de uma "pen USB" e que ainda não decidiu sobre a sua emissão. a polícia francesa afirma que não foi Merah a enviar as imagens à estação de TV do Qatar.

Além do presidente francês, surgiram apelos das famílias das vítimas para que as imagens não sejam exibidas. A família do professor judeu morto com os dois filhos pediu "respeito pela dor e o luto" e ameaçou impedir a difussão por todos os meios legais disponíveis. Citada pela AFP, em lágrimas, a mãe de um dos soldados mortos por Merah, Latifa Ibn Ziaten, fez um apelo semelhante: "Foi o meu filho a morrer, um rapaz de 30 anos. E querem mostrar isso como se fosse um filme. Já sofremos o suficiente".

Mohamed Merah, de 23 anos e de origem argelina, que se autodefiniu como jihadista, matou sete pessoas na zona de Toulouse. Abateu primeiro três soldados, todos eles de ascendência magrebina, depois atacou uma escola judia, onde assassinou mais quatro pessoas, incluindo três crianças. O terrorista filmou os atentados com uma câmara portátil presa ao seu corpo e são os respetivos filmes que estão agora na posse da Al-Jazeera. Merah foi morto pela polícia francesa, no dia 22.

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