António Costa admite 2% do Orçamento de Estado em Defesa com ajuda de mecanismo europeu
António Costa admitiu esta segunda-feira à tarde, nos jardins do Palácio de São Bento, que Portugal poderá aproximar-se dos 2% do Orçamento do Estado em investimento em Defesa caso haja ajuda do mecanismo europeu de Defesa.
"Temos um calendário internacionalmente improvado para evolução do investimento em Defesa nos próximos anos. Se tivermos ajuda do mecanismo europeu de Defesa, vamos aproximarmo-nos dos 2% [do OE]. Só com recursos próprios será mais difícil. Não estou a dar nenhuma novidade. A situação que vivemos requer respostas de emergência", afirmou o primeiro-ministro, instando a comentar o discurso desta segunda-feira de Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República, em que o Presidente da República pediu um reforço do investimento em Defesa.
"Os discursos do Presidente da República e do Presidente da Assembleia da República [Augusto Santos Silva] foram muito importantes e salientaram a importância das Forças Armadas e a importância que há em reforçá-las. Temos visto isso não só em guerra, mas durante a pandemia e na crise sísmica de São Jorge. Temos um compromisso com a NATO em incremento de despesa na defesa nacional", frisou o líder do Governo, que, sobre o 25 de Abril, afirmou que a "liberdade criou raízes, aprofundou-se e temos de saber tratar dela".
Costa comentou ainda a vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas, considerando-a "uma grande vitória dos valores europeus e contra qualquer risco de retrocesso" e justificou os resultados da extrema-direita em França com as "fraturas sociais".
Sobre a máscara, que não abdicou de utilizar esta segunda-feira na Assembleia da República ao contrário dos restantes membros do Governo, o primeiro-ministro disse que o "fim da obrigatoriedade significa que cada um tem a liberdade de fazer o que bem entende". "Deixámos de usar a máscara mas o vírus não deixou de nos usar. Continuam pessoas a adoecer e a morrer. Depois de dois isolamentos de contactos de risco e de um isolamento por contrair covid-19, continuarei com cautelas", rematou.