A advogada de direitos humanos Amal Clooney vai defender milhares de mulheres e crianças da comunidade curda yazidi, que foram raptadas, violadas e escravizadas por membros do autoproclamado Estado Islâmico. Para tal, já exigiu que os mesmos sejam julgados e punidos pelo Tribunal Penal Internacional, em Haia, Holanda.."Sabemos que milhares de pessoas yazidis foram mortas e que milhares de mulheres foram escravizadas por esta organização terrorista, que já proclamou publicamente a sua intenção de genocídio. Sabemos que aconteceram violações sistemáticas, que continuam a acontecer, e no entanto ninguém está a ser responsabilizado", lamentou Amal, de 38 anos, ao The New York Times..Entre as vítimas que serão representadas pela advogada britânica está Nadia Murad, nomeada para um Prémio Nobel da Paz. A jovem de 23 anos foi abusada física, psicológica e sexualmente por mais de 12 militantes do ISIS (Sigla para Estado Islâmico no Iraque e Síria), durante um período de três meses. Conseguiu escapar e, desde que foi viver para a Alemanha, tem dado voz a mulheres que sofreram nas mãos dos mesmos homens e tem lutado para acabar com o genocídio contra a sua comunidade..[youtube:DurFc8HWX5o].Recentemente, frisa o conceituado jornal nova-iorquino, o ISIS queimou 19 mulheres yazidis por se terem recusado a fazer sexo com militantes. Estima-se ainda que, embora muitas tenham conseguido escapar, mais de 3000 crianças e mulheres estejam ainda reféns dessa organização.."Está na altura de vermos os responsáveis do Estado Islâmico no banco dos réus em Haia. Sinto-me honrada por poder representar a Nadia e a comunidade yazidi", concluiu ainda Amal Clooney..O seu marido também já demonstrou apoio a esta causa. O ator de 55 anos é representante da organização sem fins lucrativos Yazda, que tem ajudado essa mesma população desde que o genocídio teve início, em agosto de 2014.