Alunos devem aprender atividades tradicionais e brincar mais nas AEC
As Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) vão passar a focar-se nas expressões culturais locais e a ter um "registo predominantemente lúdico". Estas são duas das principais orientações enviadas às escolas pelo Ministério da Educação (ME).
A tutela espera que as escolas promovam atividades tradicionais, "criando oportunidades de experiências novas, ricas e diversificadas que contribuam para a formação integral dos alunos", aponta o ministério em comunicado. Em causa podem estar atividades como folclore ou artesanato.
Os princípios orientadores indicados pelo ministério têm por objetivo "valorizar as aprendizagens não-formais na formação dos alunos, rejeitando a excessiva carga horária letiva como um benefício da aprendizagem e garantindo que esta carga letiva é adequada à idade das crianças, no respeito pela sua formação integral, salvaguardando o papel das AEC e as expectativas das famílias".
O ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues lembra que estas atividades que se estendem por duas horas antes ou depois das aulas são "eminentemente lúdicas", "não constituem objeto de avaliação sumativa" e "devem evitar ser um prolongamento de atividades formais de ensino".
Com estas novas orientações, pretende-se aumentar "o leque de experiências" de cada aluno. As atividades devem promover a ligação entre saberes e a exploração de conteúdos curriculares com linguagem diferentes das utilizadas nas aulas. O ministério convida ainda à criação de equipas multidisciplinares no 1.º ciclo, sugerindo "uma efetiva integração e articulação entre os docentes e os técnicos das AEC".