Alunos de Braga queixam-se da atuação da PSP

O presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Alberto Sampaio, em Braga, acusou hoje a PSP de "investir" sobre os alunos que se manifestavam contra a criação de um mega-agrupamento e de lançar gás pimenta sobre eles.
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"Atiraram com gás pimenta para cima dos alunos, uns ficaram com os olhos inchados, outros com a boca a arder, houve agressões, não entendemos o porquê de tanta violência quando nós apenas nos manifestávamos pacificamente contra aquilo que achamos um erro e uma injustiça", disse à Lusa Pedro Martins.

Contactado pela Lusa, o responsável pelas Relações Públicas da PSP de Braga disse ainda não ter informação "de que tenha havido necessidade de recurso à utilização de gás pimenta", pela eventual "resistência" dos alunos.

"Para já, o que sei é que a polícia agiu no sentido de repor a ordem, assegurando a retirada das correntes e do cadeado e abertura da escola", disse o mesmo responsável.

Na quinta-feira, o Ministério da Educação anunciou a agregação da Escola Alberto Sampaio com o agrupamento de Nogueira, criando um mega-agrupamento que, segundo Pedro Martins, ficará com 3500 alunos.

Hoje, os portões da Alberto Sampaio apareceram fechados a cadeado, tendo ainda os alunos colocados faixas pretas nas grades e formado uma espécie de cordão humano frente ao portão principal.

Ainda de acordo com Pedro Martins, primeiro apareceram quatro agentes da PSP afetos ao programa Escola Segura, seguindo-se depois mais meia dúzia do corpo de intervenção.

O cadeado seria retirado com a intervenção dos bombeiros, mas Pedro Martins garante que "ainda nenhum aluno entrou na escola".

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