O diretor do Instituto Robert Koch, Lothar Wieler, disse esta sexta-feira que há "sinais claros" que a "terceira vaga" da pandemia de covid-19 que está atualmente a chegar à Alemanha "pode ser ainda pior do que as duas primeiras". E alertou que o país poderá ter cem mil novos casos por dia se não forem tomadas medidas de prevenção suficientes..Esta sexta-feira, o instituto contabilizou 21 573 novos casos de covid-19, cerca de mais quatro mil do que os registados há uma semana. No total, o país já contabilizou 2 734 753 casos. Foram ainda registadas mais 183 mortes esta sexta-feira, elevando o total para 75 623..Numa conferência conjunta com o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, Wieler apelou às pessoas para reduzirem os contactos ao mínimo durante as férias da Páscoa.."Neste momento, os números estão a subir muito rápido e as variantes estão a tornar a situação especialmente perigosa", alertou o ministro. "Se isto continuar sem controlo, corremos o risco de o nosso sistema de saúde poder atingir o ponto de rutura em abril", acrescentou..Covid-19: Costa agradece a médicos alemães "magnífico gesto de solidariedade europeia".Apesar de 10% dos alemães já ter recebido pelo menos a primeira dose da vacina, a taxa de infeção continua a subir. A taxa de incidência a sete dias era de 119 novos casos por cem mil habitantes na sexta-feira. Na véspera era de 113..As autoridades vão passar a exigir a todos os que entrem de avião na Alemanha para que tenham testes negativos à covid-19. A medida entra em vigor na terça-feira -- o plano inicial era que fosse efetiva desde domingo, mas foi dado mais tempo para as companhias aéreas se adaptarem. Antes, só passageiros oriundos de países considerados de risco..A Alemanha vai também reforçar os controlos sanitários para viajantes que chegam de França, com "controlos aleatórios" e "testes obrigatórios" à covid-19..Na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, recuou nas medidas de maiores restrições para o período da Páscoa que tinha anunciado na véspera -- as medidas incluíam o fecho de lojas e cerimónias religiosas por videoconferência --, depois de o plano ter sido criticado. A própria Merkel assumiu o erro.."Um erro deve ser chamado de erro e, sobretudo, deve ser corrigido e, se possível, a tempo. Sei que esta proposta provocou uma incerteza adicional. Lamento profundamente e, por isto, peço o perdão de todos os cidadãos", afirmou a chanceler após uma reunião de emergência com os líderes dos estados regionais.."Este erro é exclusivamente meu", admitiu Merkel..Angela Merkel cancela planos de paralisação na Páscoa e pede desculpas