Alberto Fujimori vai assinar pedido de indulto
O ex-presidente Alberto Fujimori enviou uma carta, publicada ontem, em que anuncia que irá assinar o pedido de indulto humanitário a seu favor, apresentado pelos seus filhos, como solicita a Comissão de Indultos encarregada de avaliar o caso, informa o jornal espanhol 'El Comercio'.
Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e corrupção, cometidos durante o seu Governo. Os seus filhos decidiram pedir indulto humanitário por motivos de saúde, devido ao seu cancro na língua, notícia o jornal espanhol 'ABC'.
Devido ao cancro, o ex-presidente quer passar os últimos anos de vida em sua casa, no entanto, enquanto aguarda a resposta da Comissão de Indultos, encontra-se detido na prisão de Barabadillo, no distrito de Ate-Vitarte, onde tem um total de 10 mil metros quadrados à sua disposição, diz o site do jornal peruano 'La República'.
Em 2007, quando Fujimori foi extraditado do Chile, o Governo de Alan Garcia deu-lhe a opção de escolher onde queria ser detido. Assim, o ex presidente optou pela prisão de Barbadillo. Inicialmente teve direito a uma cela de 800 metros quadrados, com sala de estudo, sala de jantar, quarto e casa de banho e ainda o direito a uma clínica permanente com três enfermeiros, dois médicos e uma ambulância. No entanto as suas condições de prisão foram melhorando ao longo dos tempos, fruto de negociações políticas. Às regalias iniciais acrescentaram-se o acesso a uma sala de visitas com carpetes, ar condicionado, cadeira de massagens, televisão, telefone público, telemóveis e ainda computadores, adiantou o 'La republica'.
O mesmo jornal alega que Fujimori recebeu uma série de privilégios concedidos por Alan Gracia, durante o seu segundo mandato (2006-2011), através de negociações políticas.
Atualmente, Alberto Fujimori tem direito a uma área de 10 mil metros quadrados só para si. Esta decisão foi tomada pelo então ministro da Justiça, Aurelio Pastor, em julho de 2009. A área de que Fujimori dispõe é única no Peru e na região, dadas as suas comodidades e dimensões, diz o 'La Republica'.