Ai Weiwei leva drama dos refugiados até ao centro de Berlim

Artista chinês pendurou milhares de coletes salva-vidas, recolhidos na ilha grega de Lesbos, nas colunas da Konzerthaus, na capital alemã.
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O artista chinês Ai Weiwei tem criado várias instalações para chamar a atenção para o drama dos refugiados, que arriscam a vida ao tentar cruzar o Mediterrâneo. E desta vez levou as suas criações para o centro de Berlim.

Cerca de 14 mil coletes salva-vidas, que o artista chinês pediu às autoridades da ilha grega de Lesbos (um dos principais pontos de entrada na Europa), foram colocados nas colunas da sala de concertos (Konzerthaus) de Berlim, que será palco da gala "Cinema pela Paz", uma iniciativa que coincide com a realização do 66.º festival de cinema da capital alemã (Berlinale).

A instalação inclui também um barco de borracha, igual ao usado pelos refugiados para chegar à Europa.

Esta não é a primeira vez que Weiwei aborda a problemática dos refugiados, tendo também coberto em Praga a sua obra "cabeças do zodíaco", que representava os símbolos do zodíaco, com mantas térmicas. O artista e dissidente chinês também já tinha recriado a foto que correu mundo do corpo de Alan, uma criança síria que morreu afogada, numa praia da Turquia.

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Ai Weiwei decidiu também cancelar duas exposições na Dinamarca, em protesto pela decisão deste país de confiscar os bens dos requerentes de asilo para ajudar a financiar as suas estadias.

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