Agência Europeia de Medicamentos só admite quarta dose da vacina para imunodeprimidos

Regulador europeu admite a inoculação de pessoas com sistemas imunitários fragilizados. Vacinar toda a população com mais uma dose de reforço não está em cima da mesa por agora.
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A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) admitiu esta terça-feira a administração da quarta dose da vacina só a imunodeprimidos e pessoas vulneráveis, rejeitando a "vacinação repetida" com doses de reforço contra a covid-19 num curto prazo.

"Ainda não tivemos acesso a dados relativas a uma quarta dose e gostaríamos de ver estes dados antes de podermos fazer qualquer recomendação mas, ao mesmo tempo, estamos bastante preocupados com uma estratégia que prevê a vacinação repetida dentro de um curto prazo", disse o chefe da Estratégia de Ameaças Biológicas para a Saúde e Vacinas da EMA, Marco Cavaleri.

Falando na primeira conferência de imprensa do ano da agência europeia, Marco Cavaleri acrescentou "isto é algo que deveria fazer parte de uma estratégia global [...] de vacinação ao longo do tempo, deixando claro que não se pode realmente dar continuamente uma dose de reforço a cada três, quatro meses". No entanto, o especialista admite que, no caso de doente imunodeprimidos, "a história será um pouco diferente e, de facto, para os imunodeprimidos, será de esperar que uma quarta dose seja considerada"

Países como Israel estão já a administrar a quarta dose da vacina contra a covid-19 a pessoas vulneráveis, desde o final de 2021, na expectativa de mitigar os efeitos de uma nova onda de contágios devido à propagação da variante Ómicron. Cerca de um ano após o lançamento de um plano de vacinação maciço através de um acordo com a empresa farmacêutica Pfizer e quase seis meses depois de ter começado a administrar doses de reforço, as autoridades sanitárias israelitas deram 'luz verde' para administrar a quarta dose de vacina a pessoas com o sistema imunitário comprometido.

Em Portugal, tem decorrido a administração de uma dose de reforço por ordem decrescebte de idade. No entanto, em meados de dezembro, em Bruxelas, o primeiro-ministro, António Costa, revelou que Portugal já apresentou um pedido de compra conjunta de uma nova vacina covid-19 adaptada à variante Ómicron, para o caso de ser necessária uma quarta dose.

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