Advogada do TPI detida após visita a filho de Kadhafi
De origem australiana, Taylor integrava uma delegação composta por quatro advogados que, com autorização do procurador-geral líbio, visitou al-Islam em Zenten (170 Km a sudoeste de Tripoli), onde este filho de Kadhafi está preso desde que foi capturado por uma brigada de ex-rebeldes em novembro.
Tanto o governo de transição líbio como o TPI querem julgar Saif al-Islam, que é alvo de um mandado de captura internacional por crimes contra a humanidade cometidos a partir de 15 de fevereiro do ano passado, durante a repressão da revolta popular que culminou com a captura e morte de Muammar Kadhafi.
"Durante a visita, a advogada Melinda Taylor tentou passar ao acusado documentos que não têm nada a ver com o caso e que representam um perigo para a segurança da Líbia", disse à AFP Ahmed el-Jehani, representante líbio do TPI, sem nunca especificar qual a natureza dos desses documentos.
No entanto, Jehani garante que esses mesmos documentos foram enviados por Mohamed Ismail, ex-braço direito de Al-Islam e que está em fuga desde a queda do regime.
As autoridades recusam entregar Saif al-Islam ao TPI e já pediram que esta ordem seja "anulada".
Muammar Kadhafi, que dirigiu a Líbia com mão de ferro durante quatro décadas, foi morto a 20 de outubro do ano passado após ter sido capturado pelas forças anti-regime.