Adele, os seus 161 milhões e o marido que pode querer metade
A câmbio do dia, são 161427436 euros. É a fortuna líquida estimada de Adele, a cantora britânica de 30 anos que acaba de anunciar o divórcio de Simon Konecki, um ex financeiro e atual empresário de 45 anos. E da qual, asseverava o Sunday Times este domingo, metade pode ir parar ao bolso dele.
Pode, claro, se não houver um acordo prenupcial e se ele estiver nessa disposição -- coisas sobre as quais até agora os media só podem limitar-se a especular. Até porque o que se sabe é que a cantora em janeiro ofereceu ao marido uma propriedade de mais de meio milhão de euros nos EUA, nos subúrbios de Los Angeles. E que este, CEO da empresa de água engarrafada Life Water, associada a uma organização beneficente que financia projetos de água potável no mundo, não será ele próprio destituído.
Seja como for, é provável que ela, que liderou a lista sub-30 dos mais ricos de 2018 do Sunday Times, tenha bastante mais dinheiro que ele. O que leva a alvitrar que se der para o torto este será uma dos mais custosos divórcios de 2019.
"Não venho de uma família com dinheiro", disse em 2016 Adele, que foi criada pela mãe solteira, à Vanity Fair. "Não é uma coisa assim tão importante na minha vida." Já Konecki nasceu numa família britânica abastada que vivia em Nova Iorque, frequentou uma das melhores escolas inglesas -- Eton -- e começou muito cedo a trabalhar em finança, que abandonou, diz que por motivos éticos, para fundar a sua empresa.
Para perceber se a ética vai ou não imperar nesta separação ao fim de oito anos de relação e três de casamento resta esperar. A advogada especialista em divórcios Sandra Davis, que representou Diana de Gales, a modelo Jerry Hall (no seu divórcio de Mick Jagger) e o futebolista Thierry Henry, disse ao Sunday Times que em qualquer caso não acredita que se chegue ao tribunal. Mas não existindo um acordo prénupcial, garante, o caso pode ficar caro a Adele: "As somas que foram ganhas durante o casamento serão em princípio rachadas ao meio. Não interessa o que cada um fez ou com que contribuiu." Mas o tempo de coabitação anterior ao casamento é também um fator, diz.
Já a especialista em Direito de Família Suzanne Kingston, citada pelo mesmo jornal, vê uma saída para a cantora multimilionária caso Simon resolva ficar guloso: "Ela pode invocar o facto de o talento dela ser equivalente a génio, o que significa que o marido teria direito a muito menos que metade." Trata-se de uma possibilidade legal que permite a um dos membros do casal assumir que a sua contribuição para a riqueza comum foi infinitamente superior à do outro, e que seria injusto dividi-la ao meio.