ACP gastou 1,4 milhões atribuídos pelo Estado em ralis
O esclarecimento do Automóvel Club de Portugal (ACP) à Lusa surge no dia em que o jornal Correio da Manhã noticia que o "Estado gastou mais de 560 milhões com subvenções em 2010, dadas ao abrigo de um diploma que tem por objectivo assegurar 'a realização de missões de interesse geral, com vista à satisfação das necessidades fundamentais dos cidadãos'".
Segundo a publicação, o Turismo de Portugal entregou 1,4 milhões ao ACP ao abrigo de "actividades promocionais".
Num esclarecimento enviado à Lusa, o ACP explica que um milhão de euros foi investido na realização do WRC Vodafone Rali de Portugal, acrescentando que "a prova, a mais importante e que maior visibilidade dá ao desporto nacional depois do Euro2004, teve um retorno de 85,199 milhões de euros, de acordo com o estudo anual da Universidade do Algarve, que analisa o impacto do evento".
Citando o estudo feito pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, o ACP afirma que a região do Algarve e do baixo Alentejo arrecadaram "mais de 50 milhões de euros em dormidas e refeições" e que o retorno indireto da prova ascendeu a 35 milhões de euros.
Os restantes 400 mil euros, refere o ACP, dizem respeito à organização do Estoril-Marraquexe, uma prova do campeonato do mundo de todo-o-terreno, que foi realizada em Portugal.
Além do ACP, liderado por Carlos Barbosa, a Associação Portuguesa de Bancos (APB), a Mota-Engil e a Coleção Berardo foram outras das entidades beneficiadas pelas subvenções atribuídas em 2010, segundo o Correio da Manhã, que cita um relatório da Inspecção-Geral de Finanças (IGF).