O Governo dos Açores anunciou esta sexta-feira a realização de uma conferência sobre a corrupção a 9 de dezembro, que vai ser a primeira iniciativa do Gabinete de Prevenção da Corrupção e da Transparência (GPCT), uma proposta do Chega..Em comunicado de imprensa, o executivo açoriano (PSD, CDS-PP, PPM), liderado por José Manuel Bolieiro, revela que no próximo dia 9 de dezembro vai ser realizada no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo a I Conferência Regional sobre a Prevenção da Corrupção e a Transparência..A conferência vai ter como tema "Combate à Corrupção, na ótica da sua Prevenção e da promoção de um ambiente de Integridade, Ética e Transparência na Administração Pública"..O governo açoriano realça que "esta conferência é a primeira iniciativa do GPCT" que vai funcionar na Inspeção Regional Administrativa e da Transparência (IRAT).Segundo o comunicado de imprensa, o "GPTC é uma estrutura destinada à prevenção e combate à corrupção, sendo a primeira entidade deste género em funcionamento a nível nacional com incidência na administração pública"..O executivo realça ainda que aquele gabinete tem como "objetivo promover um ambiente de integridade na esfera pública, coordenar os planos setoriais de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas e desenvolver estratégias adequadas para a prevenção da corrupção"..Na conferência vão participar "sete oradores especializados", entre eles a professora de ética Maria do Céu Patrão Neves, a professora de direito Anabela Miranda Rodrigues e António João Maia, presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude..A 15 de outubro, o deputado único do Chega no parlamento açoriano, José Pacheco, avançou que o gabinete de prevenção da corrupção e da transparência, proposto pelo partido, iria ser criado até novembro pelo Governo Regional.."Não viemos aqui sorridentes, satisfeitos. Viemos com alguma apreensão, uma vez que sentíamos que o gabinete não estava a ser feito ou não existia", disse então José Pacheco..A criação de um gabinete de prevenção da corrupção e da transparência foi uma das reivindicações do Chega para firmar um acordo de incidência parlamentar com o PSD, o CDS-PP e o PPM, para suportar o atual Governo dos Açores..No Plano da região para este ano, foi inscrita uma verba de 50 mil euros para a implementação do gabinete..O Orçamento Regional dos Açores começa a ser debatido na segunda-feira pelo parlamento açoriano na Horta, ilha do Faial, e a sua aprovação está dependente dos votos do deputado do Chega e do representante da Iniciativa Liberal, depois do deputado independente (ex-Chega) ter garantido que vai honrar o seu compromisso na votação..A direção nacional do Chega pediu na quarta-feira ao partido nos Açores para retirar o apoio ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), mas o deputado único do partido, José Pacheco, disse que "nada está fechado e tudo pode acontecer" dado que há negociações em curso.."Tudo em aberto" na votação do Chega no orçamento regional dos Açores.A Assembleia Legislativa é composta por 57 eleitos e a coligação de direita, com 26 deputados, precisa de mais três parlamentares para ter maioria absoluta..Como a coligação assinou um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD com a Iniciativa Liberal (IL), era esperada a viabilização do Orçamento Regional para 2022 por estes partidos..A IL tem ameaçado votar contra, referindo agora que continua "a lutar" nas negociações..O parlamento conta ainda com mais 28 deputados: 25 do PS, dois do BE e um do PAN. Todos estes partidos anunciaram já o voto contra o Orçamento.