A terceira vez em quatro anos que Costa está disponível

Pela terceira vez em quatro anos, a hipótese de António Costa disputar a liderança do PS volta a estar em cima da mesa, depois do presidente da Câmara de Lisboa ter manifestado hoje a sua disponibilidade para avançar.
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"Estou disponível, não quero que haja qualquer tabu, qualquer equívoco, eu estou disponível para assumir as minhas responsabilidades", anunciou esta manhã António Costa, que, no domingo, no rescaldo das eleições europeias, se referiu aos resultados do PS como "uma vitória que sabe a pouco". O presidente da Câmara de Lisboa disse ainda que nas legislativas aqueles números não se poderiam repetir.

Esta é a terceira vez que António Costa se mostra disponível para correr à liderança do PS. Há quatro anos, depois da derrota de José Sócrates nas eleições legislativas de 2011, a hipótese de António Costa disputar a liderança do PS chegou a ser colocada, com o presidente da câmara de Lisboa a ser pressionado para entrar na corrida à sucessão do antigo primeiro-ministro.

No entanto, António Costa optou por se concentrar na presidência da câmara da capital, numa altura em que faltavam ainda dois anos para terminar o seu mandato.

Um ano e meio depois, no início de 2013, as 'cartas' voltaram a ser colocadas em cima da mesa, na sequência da polémica interna em torno da questão sobre se o próximo congresso se deveria realizar antes ou depois das eleições autárquicas.

Na altura, António Costa ainda não tinha esclarecido se iria recandidatar-se à presidência da câmara de Lisboa e mantinha-se a dúvida se aceitava lançar-se numa candidatura alternativa a António José Seguro, na liderança do PS desde 2011, após a saída de José Sócrates.

Após uma longa reunião da comissão política do PS, no final de janeiro, António Costa prometeu trabalhar para um clima de unidade e evitar a confrontação.

Confrontado com o facto de ser a segunda vez que não avançou para uma candidatura à liderança, depois de esta ter sido dada como adquirida, o presidente da Câmara de Lisboa advogou que "a vida política não é um concurso de vaidades, mas um sentido de serviço em torno de ideias políticas".

Na altura, António Costa afirmou também que só "em circunstâncias excecionais" deve haver acumulação da presidência da Câmara de Lisboa com a liderança do PS.

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