A resposta da Nova Zelândia ao ódio: flores e danças tribais
Ainda na sexta-feira, pouco depois de Brenton Tarrant ter entrado em duas mesquitas de Christtown, na Nova Zelândia, e atirado a matar - há 50 vítimas mortais e 50 feridos - a primeira-ministra do país, Jacinda Adern, já tinha avisado: "Tu podes ter-nos escolhido - mas nós rejeitamos-te e condenamos-te completamente". Depois, à medida que os relatos de terror iam surgindo na comunicação social, também as histórias de compaixão e solidariedade se foram sucedendo.
Desde sexta-feira que junto à mesquita de Al Noor que se ergue um memorial gigante e à volta do cordão criado pela polícia várias pessoas têm aparecido para prestar a sua homenagem. Há lágrimas, abraços e mensagens escritas. Contra o ódio e o terrorismo, os neozelandeses respondem com amor e solidariedade.
Um dos momentos mais emotivos aconteceu este domingo, quando membros do grupo de motards Black Power - composto por maoris (o povo nativo da Nova Zelândia) e polinésios - dançaram a Haka, uma dança tribal e cerimonial, em memória das vítimas.
"Estamos à espera do 'grande dia' para que possamos apoiá-los", disse Shane Turner, um membro dos Black Power ao The New Zealand Herald.
Já no dia anterior, um homem, sozinho, tinha realizado a mesma dança, em frente a uma das mesquitas atacadas. Um momento emotivo, uma vez que a dança demonstra respeito.
Também na Austrália houve manifestações - com danças haka - em honra das vítimas.