A primeira visita do Presidente dos EUA a Israel

Barack Obama partiu na noite de terça-feira para Israel para uma primeira visita enquanto Presidente dos Estados Unidos, que o levará também a territórios palestinianos e à Jordânia, com a única ambição declarada de "ouvir".
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O avião do Presidente norte-americano, o Air Force One, partiu às 20:15 de terça-feira (00:15 em Lisboa) da base da Força Aérea Andrews, nas imediações de Washington, para Telavive, onde deverá aterrar cerca das 10:30 em Lisboa para uma visita de quatro dias, a segunda ao estrangeiro do seu segundo mandato.

Obama vai depois inspecionar uma bateria do sistema antimísseis Iron Dome, financiada pelos Estados Unidos, e seguirá depois para Jerusalém para encontros com o Presidente israelita, Shimon Peres, e com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Em Ramallah, na Cisjordânia, o Presidente dos Estados Unidos vai reunir-se com o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas.

Obama vai proferir um discurso na quinta-feira no centro internacional do Congresso de Jerusalém e reunir-se-á na Jordânia com o rei Abdullah II.

"O meu objetivo é ouvir. Pretendo encontrar-me com Bibi (Netanyahu), com Fayyad e Abu Mazen (Abbas) e ouvir qual a sua estratégia, a sua visão", disse à televisão israelita.

Obama pretende com esta visita reforçar os laços com Israel, o principal aliado dos Estados Unidos na região, procurando resolver as diferenças com Netanyahu sobre o programa nuclear iraniano e a colonização dos territórios palestinianos.

Esta viagem ocorre depois da tomada de posse do novo Governo do primeiro-ministro Netanyahu que tem como "principal prioridade a defesa e a segurança" face às "graves ameaças" alegadamente provenientes do Irão e da Síria.

Um inquérito do jornal Jerusalem Post, divulgado na terça-feira, revelou que 36% dos israelitas consideram Obama mais pró-palestiniano do que pró-Israel face a 26% que defendem o contrário.

Uma pesquisa do independente Israel Democracy Institute indicou que 51% dos israelitas judeus consideram que Obama é neutro na sua atitude em relação a Israel, enquanto 53,5% não confiam no Presidente norte-americano para defender o que consideram ser os interesses vitais de Israel.

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