A onda perfeita de Slater que vai revolucionar a modalidade
Está quase. Os surfistas contam os dias para deixarem de estar dependentes das condições meteorológicas. Em breve vão poder surfar as melhores ondas das suas vidas graças à invenção de Kelly Slater, que há dez anos criou uma piscina de ondas artificiais que agora está em vias de ser adquirida pela World Surf League (WSL), entidade que gere o Circuito Mundial.
Em breve, será possível surfar as melhores ondas de sempre em qualquer ponto do mundo sem estar dependente das condições do mar. A WSL vai adquirir a maioria dos direitos da onda artificial de alta performance criada pelo surfista norte-americano. Esta foi a revelação feita por Paul Speaker, CEO da WSL, o que representa uma autêntica revolução nesta modalidade.
"Estamos orgulhosos por representar uma tecnologia fantástica desenvolvida por Kelly Slater e a sua equipa, uma inovação que irá revolucionar o nosso desporto", adiantou o responsável pela WSL, considerando que se trata de uma oportunidade para "potenciar a alta performance" dos surfistas.
Esta invenção de Slater foi dada a conhecer ao mundo em dezembro, altura em que deixou a certeza de que era algo que iria mudar o desporto. Na prática, esta onda de alta performance permitirá aos surfistas deixar de percorrer o mundo à procura das melhores ondas, deixando assim de estar dependentes das condições meteorológicas.
Kelly Slater e a sua equipa puseram mãos à obra há cerca de dez anos com o objetivo de criar uma piscina que pode produzir, de forma artificial, as melhores ondas de sempre. "Ao longo de quase dez anos, eu e a minha equipa trabalhámos para criar a primeira e verdadeira onda artificial de classe mundial e alta performance. É algo que sonhava desde criança. Através de rigorosa ciência e tecnologia, fomos capazes de desenhar e construir o que alguns diziam impossível e muitos acreditavam que nunca iria acontecer", referiu o surfista norte-americano no vídeo de apresentação da sua criação, em dezembro.
Agora, perante a parceria que está perto de ser formalizada, Slater disse que é o concretizar de algo que estava "para lá dos melhores sonhos". "É um grande avanço para este grande desporto. Vai permitir democratizar o surf e proporcionar incríveis oportunidades de treino para atletas, mesmo em zonas do globo onde não há grandes ondas oceânicas", sublinhou.
Paul Speaker deixou claro entretanto que ainda não existem planos para que as ondas artificiais sejam implementadas no Circuito Mundial, mas agora nasce a esperança de que elas possam derrubar a barreira que impede o Comité Olímpico Internacional de aceitar o surf como modalidade dos Jogos.