A "moda modesta" que atrai cada vez mais religiosas

O Modest Fashion Day e o Modest Fashion Week têm captado o interesse de mulheres muçulmanas, judias ortodoxas e de outras religiões, em vários países
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Foi organizado esta quinta-feira em Jerusalém pela primeira vez um desfile de moda para mulheres judias ortodoxas. O "Modest Fashion Day" (dia da moda modesta, numa tradução literal para português) promete apresentar peças de vestuário conservadoras, que as mulheres ortodoxas podem usar livremente.

As modelos israelitas desfilam de mangas compridas e vestidos até aos tornozelos, segundo a Reuters, afastando-se das tendências provocativas da moda.

"É interessante ver as pessoas a olharem na nossa direção para descobrir um estilo mais modesto", disse que à Reuters a estilista Miri Beillin, que descreveu o desfile como "uma fantástica experiência para as mulheres religiosas".

A moda modesta e conservadora apresenta-se como uma alternativa aos estilos cada vez mais arrojados apresentados em vários desfiles pelo mundo e tem conquistado terreno. Londres recebeu pela primeira vez o Modest Fashion Week no passado fim de semana, um desfile inédito que contou com 40 estilistas de países como a Arábia Saudita, Turquia e Somália.

Pela passadeira da Saatchi Galllery passaram hijabs, turbantes e véus islâmicos, burkinis, túnicas e vestidos.

O evento foi organizado pela Haute Elan e o objetivo era mostrar estilos com que as mulheres muçulmanas se pudessem identificar, como contou à Sky News a CEO Romanna Bint-Abubaker.

"Uma em cada três pessoas no mundo será muçulmana em 2030. É uma grande população", continuou Bint-Abubaker.

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A organização contou, no entanto, que as roupas têm despertado o interesse de mulheres de diferentes religiões e culturas.

O Modest Fashion Show já foi realizado também em Tóquio, no Japão, e em Istambul, Turquia.

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