A independência de Harry e Meghan será maior do que eles quereriam
Harry e Meghan registaram como sua a marca Sussex Royal, criaram um site, uma conta de Instagram e merchandising. A polémica instalou-se, por várias razões. Mais do que devido ao questionável uso comercial dentro e fora de portas, levantaram-se vozes contra o aproveitamento da palavra "Royal" por quem anunciava ao mundo querer sair da alçada da coroa britânica e de tudo o que esta implica em termos de representação e obrigações.
Ficou agora a saber-se que o acordo a que Harry e Meghan chegaram com a Casa Real em janeiro, apesar de não lhes ter retirado o "prefixo" de Suas Altezas Reais (mas deixem na prática de ter o estatuto), obriga-os a abdicar do uso da palavra "Royal".
No seu site Sussex Royal, partilharam com os seus seguidores (súbditos?) todos, ou quase todos, os detalhes daquilo a que chamaram de "transição da primavera" e que esclarece qual o papel que irão desempenhar doravante e como se processarão as relações com a Casa Real, e em alguns dos pontos transparece algum amuo, para dizer o mínimo, sobretudo no que respeita ao impedimento de usar a palavra "Royal".
"Uma vez que o Duque e a Duquesa deixarão de ser considerados membros da Família Real a tempo inteiro, foi acordado que o uso da palavra "Royal" teria que ser revisto no que se refere às organizações a eles associadas, tendo em conta este novo contexto", informam, esclarecendo que não usarão a palavra nem para dar o nome à organização sem fins lucrativos que pretendem criar nem como marca pessoal, dentro ou fora do Reino Unido. Isto - e é aqui que transparece o amuo - apesar de considerarem que a monarquia não tem jurisdição sobre o uso da palavra "Royal" fora do país.