A improvável história de amizade entre uma guitarra e uma bateria

O projeto que junta o guitarrista Rui Carvalho e o baterista Ricardo Martins apresenta quinta à noite, em Lisboa, e no dia seguinte, no Porto, o álbum de estreia Tormenta
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Como surgiu este projeto?

Rui Carvalho (R.C.): Encontrámo-nos e como já estávamos com saudades de tocar um com o outro, aconteceu tudo de uma maneira muito natural.

Em que bandas é que tocaram?

Ricardo Martins (R.M.): Tocámos juntos em Had Plans e mais tarde também nos Asneira.

R.C.: Acima de tudo somos amigos e entre várias conversas e brincadeiras de garagem, decidimos criar um projeto novo, que juntasse a bateria do Ricardo ao universo do Filho da Mãe. É algo que fica assim a meio caminho entre o que eu faço e o que o Ricardo costuma fazer nas bandas onde toca, porque queríamos unir as duas coisas. Começou devagarinho, com uns bons almoços, porque esse era a principal prioridade na altura (risos).

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R.M.: E ainda é...

R.C.: Queríamos fazer algo baseado na nossa relação, sem a pressão das bandas e ver no que dava.

Na altura já pensavam em gravar um disco e dar concertos?

R.M.: Havia essa certeza absoluta que queríamos tocar ao vivo, porque não pretendíamos passar muito tempo fechados na sala de ensaios. Mas há medida que as músicas foram surgindo, a conse- quência natural é também querer gravar.

Com que regularidade ensaiam? Porque ao vivo parece haver uma grande dose de improvisação na vossa relação musical em palco...

R.M.: Sim, existe uma dose de improvisação muito grande. Ensaiamos regularmente, mas não existe propriamente uma rotina, porque os ensaios servem apenas para desenhar um guia para as músicas, que depois são completamente baralhadas ao vivo.

R.C.: Apesar de algumas interrupções pelo meio, devido às nossas vidas pessoais e aos diversos projetos em que estamos envolvidos, tem sido um trabalho mais ou menos contínuo. Mas ideia era exatamente essa, porque este projeto não interfere com nada do que fazíamos anteriormente. É algo que foi acontecendo e pretendemos que assim continue. Agora fizemos o disco, vamos apresentá-lo ao vivo e depois logo se vê. Não queremos é parar de trabalhar juntos, porque gostamos e corre bem, mas vamos fazê-lo sem ter uma agenda

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