A guerra, a Rússia e a Ucrânia cozinhadas pelo chef Chakall

O <em>chef </em>de cozinha partiu em direção ao cenário de guerra para ajudar refugiados com a sua comida. Antes de abalar, o DN desafiou Chakall a criar um prato dedicado à Ucrânia e outro dedicado à Rússia.
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Se a Rússia fosse um prato qual seria ele, que ingredientes levaria ​​​​​​​e porquê?
A Rússia seria um bolo de chocolate com molho de morangos e sirope de rosas. Usaria os seguintes ingredientes: chocolate, manteiga, ovos e açúcar; para o molho, morangos e sirope de rosas. Porque acho que precisamos mais de amor e menos de guerra. O chocolate e as rosas, sem dúvida, vão vencer a violência natural dentro das pessoas. E a rosa parece um cravo, mas é aromática.

Que nome daria ​​​​​​​ao prato para a Rússia?
Chocolate para Rússia, com amor.

E que prato serviria à Ucrânia?
Sopa da Pedra. É um prato que tem tudo, é bom para o frio e muito nutritivo e, no final, sempre temos uma pedra no fundo para nos podermos defender. Espero que essa pedra seja a de David contra Golias.

Que nome daria ao prato para a Ucrânia?
A sopa de David contra Golias.

Se a guerra fosse um prato ou um ingrediente, o que seria?
Fezes, para que não apeteça a ninguém comer, cheirar ou experimentar.

Partiu em viagem para a Polónia para quê? Para ajudar os refugiados?
A causa da minha viagem é deixar de sentir-me um inútil a ver a televisão, o objetivo é o mesmo que segui no ano passado, na tour aos hospitais: dar o que sei fazer, que é cozinhar. Não há nada no mundo que seja melhor do que cozinhar para reconfortar pessoas que sofrem. Um prato quente faz milagres e os milagres existem. Sinto que cada criança neste mundo podia ser o meu filho, o filho do meu melhor amigo - e não posso olhar para o lado.

Foi o chef escolhido por Portugal para representar o país no pavilhão nacional na ExpoDubai. Que balanço faz até agora?
Muito positivo. O restaurante Al-Lusitano é considerado o melhor restaurante da Expo. E isso enche-me de orgulho.

E planos para realizar em Portugal ainda em 2022?
Para já, viajar à Ucrânia. Depois, tenho vários projetos - dois no Norte - e ainda novos programas de televisão. E lançarei um novo livro, em abril. Mas nada disto realmente interessa se temos hoje uma guerra e há pessoas a sofrer.

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