A cultura pop chegou aos CTT. Depois de Harry Potter, vêm aí os super heróis
A parceria com a Warner Bros., que detém os direitos da marca criada por J.K. Rowling, resultou em quatro selos, nos quais surgem as imagens não só do protagonista da série mas também de Hermione Granger, Ron Weasley e Lord Voldemort. Estão disponíveis 130 mil exemplares de cada selo.
A iniciativa dos CTT inclui também um bloco filatélico, de 50 mil exemplares, com outras personagens da saga: os professores Albus Dumbledore, Minerva McGonagall, Severus Snape e Rubeus Hagrid. Os fãs podem ainda colecionar outros quatro selos, cujas imagens correspondem às quatro casas de Hogwarts: Gryffindor, Slytherin, Ravenclaw e Hufflepuff.
Raul Moreira, Diretor de Filatelia dos CTT, explica ao Dinheiro Vivo que a incursão dos Correios pela cultura pop é uma estratégia para manter. O objetivo é "explorar novos mercados e chegar a novos públicos", nomeadamente o mais jovem. Em anos anteriores os CTT já tinham lançado "com grande sucesso" emissões de selos dedicadas ao Rato Mickey e à Guerra das Estrelas.
No caso da emissão dedicada à saga criada por George Lucas, a procura pelos selos bateu recordes, e não veio só de Portugal. Houve pedidos de fãs da saga a chegar "de todo o mundo", revela Raul Moreira.
"Estes são temas da cultura popular, que se enquadram nos nossos requisitos para a realização de emissões, falando a um público mais lato sem esquecer a nossa obrigação secular de divulgar o que de melhor se produz em Portugal e no mundo", ressalva o responsável.
Com a coleção especial de Harry Potter, os CTT esperam "reforçar a venda de emissões e captar novos clientes, assim como mostrar a um público mais alargado a atividade da filatelia". Nesse sentido, já está a ser preparada a próxima coleção de selos "pop". "Estamos já a trabalhar numa emissão de Super Heróis para o próximo ano", revela Raul Moreira ao DV.
"Este universo acompanha também uma forte tendência de mercado, que se tem mostrado cada vez mais interessado na Cultura Pop, com eventos como a Comic Con", acrescenta o responsável. Na sequência do evento que arranca no próximo dia 12, a empresa prepara-se para lançar novamente uma carteira de selos dedicada ao evento, tal como já tinha feito no ano passado.
Estas emissões especiais são o culminar de um "processo complexo", admite o diretor de Filatelia dos CTT. "Há que negociar vários pontos, desde a utilização das imagens à divulgação dos textos, passando por diferentes momentos de discussão e aprovação. Em média os CTT começam a trabalhar numa destas emissões cerca de oito ou nove meses antes do lançamento".
Os CTT vendem em média 2,5 milhões de selos por ano só para colecionismo, sem contar com produtos especiais como, por exemplo, as carteiras do Sport Lisboa e Benfica.
jornalista do Dinheiro Vivo