A crise começou no crédito e alastrou a toda a economia

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18 de Setembro de 2007

A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos reduziu a taxa de juro de referência pela primeira vez em quatro anos. A razão subjacente foi acorrer às perdas do sector bancário mais exposto ao crédito hipotecário. Desde Março que várias instituições ligadas à construção vinham alertando para as perdas potenciais devido ao sector de subprime (crédito de alto risco).

7 de março de 2008

O Congresso dos Estados Unidos abre uma investigação centrada nas indemnizações milionárias recebidas por administradores e directores de bancos e outras instituições financeiras, que abandonaram os seus postos devido à crise financeira. As perdas de bancos de investimento, como a Morgan Stanley, obrigam a redimensionações e venda de activos.

6 de Abril de 2008

O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, afirma que vai ser necessária uma intervenção dos Estados, a nível global, para mitigar a crise dos mercados financeiros. Os bancos centrais começam a efectuar injecções maciças de capital para acudir à retracção do crédito e à desconfiança instalada no mercado interbancário.

14 de Setembro de 2008

A Lehman Brothers, um dos cinco maiores bancos de investimento do mundo, declara que está em falência. De imediato o mercado assiste a uma acção coordenada dos bancos centrais norte-americano, europeu, japonês, canadiano, inglês e suíço. O Congresso dos Estados Unidos chama a depor o secretário de Estado do Tesouro e os presidentes da Fed e da SEC.

3 de Outubro de 2008

O Governo de Washington põe em prática o plano de injecção de capital de 700 mil milhões de dólares, aprovado pelo Senado como forma de resgate do sector financeiro. A Fed põe em acção um programa de emissão de papel comercial que vai permitir maiores facilidades de crédito de curto prazo. Entretanto, a Merril Lynch é comprada pelo Bank of America.

13 de Outubro de 2008

Os líderes dos países da Zona Euro chegam a acordo para pôr em prática um plano de acção que permita a recapitalização das instituições financeiras e a garantia dos depósitos. Mais tarde, as medidas governamentais abrangeriam ainda as agêngias de rating de crédito, com a finalidade de garantir a sua independência e credibilidade.

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