A ampliação e a extração de petróleo na Amazónia equatoriana podem ameaçar mais de 25 ecossistemas e 745 espécies únicas, segundo um estudo da 'Ecology and Evolution', que alerta para a grande vulnerabilidade da floresta..A investigação, de âmbito internacional, conta com a participação dos investigadores espanhóis do Real Jardim Botânico (CSIC) - Jesús Nuñoz, Javier Fajardo e Janeth Lessmann, da Universidade Católica do Chile, e Elisa Bonaccorso, da Universidade Tecnológica Indoamérica do Equador..O artigo foca-se nos 30 por cento da Amazónia equatoriana que se encontra atualmente nas mãos de empresas petrolíferas para exploração, valor que pode ampliar-se até 70% se o governo equatoriano ampliar as permissões da concessão de exploração de petróleo..Jesús Muñoz, atual diretor do Real Jardim Botânico de Madrid, realçou que com o novo esquema de exploração petrolífera que se propõe no sul da Amazónia, 25 ecossistemas e 745 espécies únicas e insubstituíveis encontram-se em perigo..Neste contexto, garante que a Amazónia equatoriana é uma região especialmente "vulnerável à perda de biodiversidade" com uma proteção insuficiente para enfrentar novas extrações de petróleo..Para remediar esta situação, o estudo propõe explorar alternativas de conservação para aquela zona e sugere um aumento do nível de proteção de determinadas áreas chave pela sua composição biológica..Ressalva também a necessidade de utilizar tecnologia de ponta na extração de petróleo para reduzir os impactos ambientais..O relatório também aponta uma perspetiva de futuro partindo do aumento da extração de petróleo que afeta não só o Equador, mas também outros países como a Colômbia, o Perú ou a Bolívia.