32 mil infrações desde que abriu último troço da CRIL

A PSP registou mais de 32 mil infrações na CRIL - Circular Regional Interior de Lisboa - desde que foi aberto o último troço daquela via, há um ano, e só um carro tem mais de 70 coimas.
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Segundo a PSP, desde a abertura do último troço da CRIL, a 17 de abril de 2011, foram registadas 32.483 infrações ao Código de Estrada. "A infração mais recorrente é o excesso de velocidade - contraordenação muito grave", indicou a polícia. A PSP referiu ainda que uma só viatura cometeu 72 infrações na CRIL no último ano.

Um ano depois de ter sido inaugurado o último troço da CRIL, esta via tornou-se numa das mais utilizadas por quem precisa de se deslocar aos concelhos de Loures, Odivelas, Lisboa, Amadora e Oeiras.

"No troço novo circulam 50 mil carros por dia. O aumento global nos restantes troços anda na ordem dos 20 mil por dia", indicou Rui Nelson Dinis, administrador da Estradas de Portugal, à Agência Lusa.

Rui Nelson Dinis salientou ainda a segurança daquela via, frisando que não há registos de mortes em acidentes na CRIL. O último troço da CRIL liga a Pontinha (Odivelas) à Buraca (Amadora), tem 3,6 quilómetros e foi inaugurado a 17 de abril de 2011.

Vinte anos depois de começarem a ser construídos, os 21 quilómetros da CRIL entre Sacavém e Algés ficaram assim concluídos e atravessam agora, ao longo de sete nós, os concelhos de Loures, Odivelas, Lisboa, Amadora e Oeiras.

O projeto do último troço levou um morador da zona abrangida a interpor uma ação contra o ministério das Obras Públicas e a Estradas de Portugal para pedir a anulação da declaração de utilidade pública urgente para as expropriações, alegando que a obra "viola manifestamente não só a Declaração de Impacte Ambiental emitida, como as regras da Lei de Bases do Ambiente". O processo ainda decorre.

A obra motivou a contestação de associações de moradores da zona envolvente -- Santa Cruz de Benfica (Lisboa) e Damaia (Amadora) -, que acusam o Governo do PS de ter prestado falsas declarações e apresentado inicialmente fotomontagens distorcidas da empreitada que não correspondem à intervenção efetuada.

Os residentes têm protestado não só contra o impacto ambiental (tendo em conta a proximidade dos edifícios), mas também devido a alguns estragos nas casas.

Em 2010, a Câmara de Lisboa anunciou que iria notificar o Estado de que o início das escavações das obras de conclusão da CRIL em Santa Cruz de Benfica tinha motivado "assentamentos em moradias".

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