2 883 milhões. Emirates regista prejuízos no primeiro trimestre pela primeira vez em 30 anos

A transportadora aérea Emirados registou estes resultados apesar de o seu maior acionista, o Governo do Dubai, ter injetado dois mil milhões de dólares (1.696,2 milhões de euros)
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A transportadora aérea Emirados anunciou esta quinta-feira que pela primeira vez em 30 anos registou prejuízos no primeiro semestre do ano fiscal 2020-2021, tendo uma perda de 3.400 milhões de dólares (2.883,9 milhões de euros).

A companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos anunciou que estas perdas líquidas representam uma queda significativa em relação ao lucro de 235 milhões de dólares (199,4 milhões de euros) obtido no mesmo período do ano passado.

Já as receitas da empresa, a Emirates afirma que foram sustentadas principalmente pelo negócio da carga, caíram 75% para cerca de 3.200 milhões de dólares (2.715,1 milhões de euros).

"Começámos o nosso atual ano fiscal no meio de um bloqueio global, quando o tráfego aéreo de passageiros estava literalmente paralisado. Nesta situação sem precedentes para a indústria aeronáutica e as viagens, o Emirates Group registou uma perda semestral pela primeira vez em mais de 30 anos", disse no comunicado o CEO do Emirates Group, Ahmed bin Said Al Maktum.

Segundo o comunicado, a companhia aérea transportou 1,5 milhões de passageiros entre 01 de abril e 30 de setembro de 2020, o que representa uma queda de 95% no tráfego em comparação com o mesmo período do ano passado.

Entretanto, os custos operacionais da Emirados caíram 52%, em parte devido a uma redução de 83% dos custos de combustível, que a empresa atribuiu aos preços mais baixos do petróleo, que foram 49% inferiores àqueles do mesmo período do ano passado.

No entanto, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Emirates manteve-se positivo em cerca de 79 milhões de dólares (67 milhões de euros), contra 3.600 milhões de dólares (3.054 milhões de euros) no mesmo período do ano passado.

A empresa registou estes resultados apesar de o seu maior acionista, o Governo do Dubai, ter injetado dois mil milhões de dólares (1.696,2 milhões de euros) durante o primeiro semestre do ano para amortecer o impacto da pandemia.

A companhia aérea do Dubai, que tem uma rede de ligações entre a Ásia, o Médio Oriente, a Europa e a América, foi uma das primeiras a regressar à operação depois da suspensão dos voos por causa do novo coronavírus, entre março e maio, e foi pioneira em tomar todas as medidas preventivas para encorajar as viagens.

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