451 infetados em 24 horas. É o pior registo desde 8 de maio

Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (26 de junho). Seis pessoas morreram, quatro na Área Metropolitana de Lisboa.
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Mais seis mortes e 451 novos casos de infeção por covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta sexta-feira (26 de junho). É o pior registo desde 8 de maio, quando se registaram 553 casos.

Em comparação com os dados de quinta-feira, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 0,4%. Já os casos de infeção subiram 1,1%.

Portugal regista atualmente 1555 mortes e 40 866 casos confirmados de covid-19.

A região de Lisboa e Vale do Tejo regista a maior parte as novas infeções - 339, contabilizando agora 18 106 casos da doença - 75, 2 por cento dos novos casos.

Das seis pessoas que morreram, quatro residiam na Área Metropolitana de Lisboa.

26 633 pessoas já recuperaram da infeção, mais 251 do que na quinta-feira.

A região de Lisboa e Vale do Tejo é a que tem maior número de infeções (18.106) e a segunda com maior número de óbitos (457).

O Norte regista 17.441 infeções e 816 mortos, o Centro 4.056 casos confirmados e 248 óbitos, o Algarve 15 mortos e 574 pessoas infetadas e o Alentejo regista quatro mortos e 449 pessoas com covid-19.

Os Açores apresentam 148 casos de infeção pelo novo coronavírus SARA-Cov-2 e 15 mortes, enquanto a Madeira tem 92 pessoas infetadas e mantém-se sem qualquer óbito registado.

Mais 21 pessoas internadas em 24 horas

Do total de pessoas infetadas em Portugal, 457 estão internadas, mais 21 do que na quinta-feira (+4,8%). O número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos mantém-se nos 67.

Na distribuição dos casos infetados por concelhos, Lisboa é o que regista o maior número de casos (3.335), seguido por Sintra (2.477), Loures (1.745), Vila Nova de Gaia (1.633), Amadora (1.591), Porto (1.414), Matosinhos (1.292), Braga (1.256), Odivelas (1054) e Maia (950).

Os dados do relatório da DGS indicam que, do total de mortes registadas até hoje, 780 são mulheres e 775 homens.

Por faixa etária, o maior número de mortes regista-se entre as pessoas com 80 ou mais anos (1.042), seguida pela faixa entre os 70 e os 79 anos (299). Entre a população com idades compreendidas entre os 60 e 69 anos há 143 mortes.

Os dados da DGS registam ainda 49 mortes na faixa etária entre os 50 e os 59 anos, 18 entre os 40 e os 49 anos, duas entre os 30 e os 39 anos e duas na faixa etária dos 20 aos 29 anos.

Relativamente ao total de casos de infeção, os dados apontam que 22.948 são mulheres e 17.918 homens.

A faixa etária mais afetada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (6.821), seguida da faixa entre os 30 e os 39 anos (6.481) e das pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 59 anos (6.471).

Nas faixas etárias mais jovens, entre os 20 e os 29 anos, registam-se 5.911 casos e, entre os 10 e os 19 anos, 1.635, enquanto nas crianças até aos nove anos há 1.146 casos

Segundo a DGS, 37% dos doentes apresentaram tosse, 28% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 10% dificuldade respiratória.

A aguardar resultado laboratorial de testes estão 1.561 pessoas e em vigilância pelas autoridades de saúde estão 31.246.

Desde o dia 01 de janeiro, Portugal registou 373.293 casos suspeitos, refere o boletim, adiantando que há 26.633 pessoas dadas como recuperadas, mais 251 do que na quarta-feira.

Portugal a três velocidades. Saiba o que decidiu o Governo

Face ao crescimento do número de infetados com covid-19 em concelhos da área metropolitana de Lisboa, o Governo decidiu na quinta-feira medidas especiais para 19 freguesias da região, envolvendo os concelhos da Amadora, Odivelas, Sintra, Loures e Lisboa.

Estas freguesias mantém-se em situação de calamidade; já na Área Metropolitana de Lisboa o estado de prontidão "baixa" para estado de contingência. O resto do país passa a estado de alerta (o mais "suave" dos estabelecidos na Lei de Bases da Proteção Civil). As medidas de mitigação irão vigorar de 1 a 14 de julho.

Na conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros, o chefe do Governo considerou que "as situações de transmissibilidade estão num nível expectável e controlável em todo o território nacional". Deixou no entanto um aviso: "Do estado de alerta não sairemos seguramente até ao final da pandemia."

António Costa salientou que o número de recuperados tem vindo a evoluir positivamente; a capacidade de resposta do SNS em internamento e testagem tem sido positiva; e criaram-se assim condições para que na generalidade do país se passe da situação de calamidade para situação de alerta.

Aeroporto de Orly reabriu e o primeiro voo foi para o Porto

O aeroporto de Orly, que serve a capital francesa Paris, reabriu esta sexta-feira, quase três meses após o colapso das viagens aéreas durante a pandemia de coronavírus, mas para já os voos serão uma fração do normal.

Um avião operado pela transportadora de baixo custo Transavia decolou às 06h25 para o Porto, sendo o primeiro voo comercial desde que o aeroporto ao sul de Paris parou em 31 de março.
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Companhias aéreas como Transavia, Air France, easyJet, Vueling e Air Caraibes são responsáveis pela maior parte do tráfego em Orly, voando para o Caribe, Ilhas Reunião, Itália, Espanha, Portugal, Islândia e Croácia, entre outros.

Esta sexta-feira, as autoridades esperam cerca de 8.000 passageiros, menos de 10% da média diária do tempo pré-vírus de cerca de 90.000., noticia a AFP.

Mais de 487 mil mortos e mais de 9,6 milhões de infetados em todo mundo

A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 487.274 pessoas e infetou 9,6 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa até às 11:00 de Lisboa, já morreram pelo menos 487.274 pessoas e há mais de 9.604.040 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Pelo menos 4.770.300 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.

Contudo, a AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.

Com Lusa

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