11 mil pensionistas com pensões acima dos 2 mil euros
"A Segurança Social tem cerca de 2,5 milhões de pensionistas e os pensionistas com pensões de sobrevivência acima dos 2.000 euros são cerca de 11 mil", disse Pedro Mota Soares na Comissão da Segurança Social e Trabalho, onde está a ser ouvido a pedido do PCP.
A questão da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) foi levantada na comissão pelo deputado socialista Nuno Sá, que questionou o ministro sobre o que está acontecer com a aplicação desta medida.
"O que é que se passa com a Contribuição Extraordinária de Solidariedade", começou por questionar o deputado Nuno Sá, afirmando que "houve uma avaria, um lapso, um apagão informático e os computadores só se vão reiniciar" em maio, "ou seja depois das eleições".
"Deve ser um vírus eleitoral", ironizou Nuno Sá.
O deputado do PS lembrou que foi o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Agostinho Branquinho, que disse que "os computadores só se vão reiniciar no final de março".
Nesse sentido, Nuno Sá questionou o ministro sobre se "os cortes vão ser só depois do reinício dos computadores ou as pessoas vão ter que devolver o montante que entretanto receberam até a CES ser aplicada".
Respondendo a Nuno Sá, Pedro Mota Soares afirmou que "a única coisa que aconteceu foi uma coisa muito simples" e que "não tem nada a ver com qualquer quadro eleitoral".
"Como do ponto de vista técnico, é sempre difícil aplicar novas aplicações informáticas, esta aplicação informática entra em vigor já em março", sublinhou.
Relativamente aos retroativos de janeiro e fevereiro, o ministro explicou que "serão devolvidos ao Estado a partir do momento em que as pessoas receberem o subsídio de férias".
Por isso, acrescentou, "faz sentido aplicar isto [CES] no segundo semestre para haver uma estabilidade de rendimentos destes pensionistas".