Batalha de La Lys dá nome a vinho português
São 10 mil garrafas de cinco vinhos da marca La Lys e um rótulo com o símbolo e a imagem da Liga dos Combatentes (LC): um soldado com o capacete na mão, num campo de batalha da Grande Guerra onde estiveram 20 mil militares portugueses.
Para o general Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes que esta terça-feira assinou com a Quinta da Atela (Almeirim, Santarém) o protocolo de criação da nova marca, trata-se de uma nova forma de reforçar o orçamento da daquela secular instituição cuja missão é "praticar a solidariedade" e dar apoio aos veteranos e seus familiares.
"Que não seja para arquivar", acrescentou o general, com uma nota de humor, no final da cerimónia realizada na sede da LC e que marcou a inauguração do recuperado jardim nas traseiras do edifício.
Antes de descerrar uma placa alusiva à inauguração, com responsáveis da empresa produtora dos cinco vinhos e cujos preços variam entre os dois e os cinco euros, Chito Rodrigues destacou que a escolha do nome La Lys - batalha onde a 09 de abril de 1918 morreram meio milhar de soldados portugueses - traduz o significado da "vitória moral e estratégica" dos aliados contra os alemães na Grande Guerra.
Curiosamente, o lançamento do vinho La Lys ocorre na véspera de o Parlamento voltar a discutir o diploma em que o Governo altera a comemoração anual do Dia do Combatente, que até agora se realiza a 09 de abril e evocando aquela batalha, para o dia em que se celebra o Armistício, 11 de novembro - provocando a indignação da LC e a merecendo a oposição generalizada dos partidos políticos - incluindo o PS, garantiram fontes do partido ao DN.