A atual e publicamente “silenciosa” oposição interna [à exceção de Alberto João Jardim], que está a tentar marcar um Congresso Extraordinário para destituir o líder do partido e do Governo Regional, vai ter de ir a votos contra Miguel Albuquerque. .Ao DN, o presidente dos sociais-democratas da Madeira garante que “naturalmente” não recua perante “eleições” sejam elas internas ou regionais. O aviso fica dado: quem quiser a liderança do PSD-Madeira terá de a disputar enfrentado Albuquerque..O “problema” da sucessão, para além da certeza de uma “disputa interna” contra o atual líder, está na escolha do nome, ou dos nomes, com “potencial” para ganhar um partido agora “esvaziado de quadros”, garantem ao DN dirigentes do PSD-M..É o “dilema” de enfrentar um líder e presidente do Governo Regional, acrescentam, que por “jogar sempre com a mesma equipa”, há quase dez anos, “secou o potencial que havia” no partido..Pedro Calado era um “nome de futuro” mais “próximo” para suceder a Albuquerque, mas as suspeitas de um alegado “pacto corruptivo” afastaram-no da Câmara do Funchal e do lugar de presidente do Governo Regional..Pedro Fino, secretário Regional do Equipamento e Infraestruturas, de uma “geração a seguir”, era um “potencial candidato” sem Calado, mas é arguido por “suspeitas de criminalidade económica e financeira” e , por isso, está “fora da corrida”..Rogério Gouveia, secretário Regional das Finanças, pelas mesmas razões - também é arguido - e “já não conta para estas contas”..Em cima da mesa têm surgido vários nomes, porém “poucos com reais hipóteses”. E há uma dúvida que começa a desvanecer-se: são nomes para “queimar” na praça pública, para “entreter,” ou “há vontade própria?”.Jorge Carvalho, atual secretário Regional da Educação, e que é apontado como “potencial” sucessor, já garantiu aos próximos de Albuquerque que não será candidato contra o líder. A vantagem era, sustentam fontes do PSD-M, o facto de ser um “sénior”, sem ligações aos “casos de Justiça” que afetam metade do Governo. .Rubina Leal, deputada, antiga secretária Regional, candidata à Câmara do Funchal em 2017, é - dizem fontes do PSD-M - um “nome com potencial” que o partido “usou” sempre que precisou [o caso das Autárquicas], mas que, para além da “vontade da própria”, teria de ter “estofo” para “resolver as desavenças do passado” com Alberto João Jardim e “as do presente com Albuquerque” - e, acentuam, capacidades “extraordinárias” para “unir um partido de homens”..Bruno Melim, deputado e líder da JSD-Madeira, é um nome que surgiu para “construir currículo”, diz ao DN fonte do partido, mas que está fora da corrida por vontade do próprio. E quer os próximos de Albuquerque, quer os de Alberto João Jardim sabem da “não-intenção” de um “candidato” com 28 anos que, apesar da idade, “tem lido e percecionado bem a realidade de um PSD esvaziado de soluções ganhadoras”..O outro nome “interno” é Jaime Filipe Ramos, líder parlamentar, que, “apesar de conhecer bem as estruturas” do partido e de “ter influência”, não tem, asseguram ao DN dirigentes do partido, as “características para liderar um partido como o PSD, nem um Governo”. .Quem aparenta reunir maior “consenso” fora do círculo “mais próximo” da atual liderança é Manuel António Correia, antigo secretário Regional de Alberto João Jardim, que quer “mudar generais” para “manter o Exército” e travar o “pântano político”. .Em silêncio nas últimas semanas, o homem que liderou a pasta do Ambiente e Recursos Naturais durante 15 anos aguarda pelo que poderá suceder a 12 de dezembro, dia de votação do Orçamento, e a 17 de dezembro - dia em que está agendada a moção de censura que já soma votos suficientes para derrubar Albuquerque..Afastado da política desde as eleições internas de 2014, que perdeu contra Miguel Albuquerque, Manuel António Correia regressou em março de 2024 para nova disputa contra o mesmo adversário. Voltou a perder, mas desta vez por uma diferença de 392 votos..Nessa altura, Bruno Melim, líder da JSD-Madeira, dizia acreditar que “uma nova cara poderia fazer chegar ao PSD-Madeira outras propostas e outros eleitores”.