As associações profissionais da GNR, que têm protestado por melhor remuneração, disseram esta segunda-feira ter recebido total apoio do comandante-geral e que este se mostrou solidário para com a luta dos guardas..Depois de uma reunião de duas horas, convocada pelo comandante-geral da GNR, Rui Ribeiro Veloso, as associações salientaram aos jornalistas a importância da reunião, até para perceber a posição do comando-geral, que é, disseram, de solidariedade para com a luta dos profissionais.."Está solidário, apoia desde sempre nesta questão, e em todas as outras", disse em nome das associações recebidas o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR), César Nogueira..O responsável garantiu que os protestos são para continuar até que sejam satisfeitas as reivindicações salariais. A contestação da GNR, mas também da PSP, começou depois de o Governo ter aprovado no final de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da Polícia Judiciária (PJ), sem equivalente nas restantes forças de segurança.."Não estamos contra esta atribuição, estamos contra é não haver atribuição para as outras duas forças de segurança", disse aos jornalistas após a reunião, reafirmando a solidariedade de Rui Ribeiro Veloso e acrescentando que este garantiu estarem "fora de questão" represálias em relação aos guardas que se têm manifestado..E acrescentou em relação ao comandante-geral: "Logicamente que se sente injustiçado, porque os seus subordinados estão a ser injustiçados pela atribuição do suplemento de missão à PJ" sem ter sido atribuído à PSP e à GNR, disse César Nogueira..O dirigente disse que o comandante-geral explicou que uma mensagem que enviou ao dispositivo não foi para condicionar a realização de manifestações, e garantiu que os protestos vão continuar dentro da legalidade, até que sejam satisfeitas as reivindicações..Para dia 31 está já agendada uma ação de protesto por parte de estruturas da GNR e da PSP, em Lisboa e no Porto, e outras estratégias irão ser delineadas pelos representantes das duas forças, disse..É que, afirmou, os profissionais já não acreditam nem "em palavras nem em promessas vãs" e não vão parar até lhe ser atribuído o suplemento de missão. E o governo, ainda que de gestão, afiançou, pode "fazer com que esse suplemento aconteça já"..Além da APG-GNR estiveram na reunião a Associação Nacional Autónoma de Guardas da GNR (ANAG-GNR), a Associação Nacional de Sargentos da Guarda, e a Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG).