Dragão abate leão numa noite com uma reviravolta inacreditável
O FC Porto venceu a primeira competição oficial da época 2024/25, ao bater o Sporting na Supertaça, por 4-3, num jogo de loucos, em que os lisboetas chegaram a ter uma vantagem de 3-0. E na estreia oficial como treinador principal, Vítor Bruno conseguiu o primeiro troféu.
O FC Porto foi a primeira equipa a criar perigo, aos 4’, na sequência do primeiro erro garrafal do central Debast, mas o chapéu de Namaso saiu ligeiramente por cima da barra.
O Sporting respondeu com uma eficácia impressionante, fazendo dois golos nas primeiras aproximações à baliza de Diogo Costa: aos 6’, com Gonçalo Inácio a desviar um cruzamento de Pedro Gonçalves, e aos 9’, com Gyökeres a partir antes da linha de meio-campo e a fazer o que quis de Zé Pedro, assistindo Pedro Gonçalves para o 2-0. Enquanto teve forças, o sueco mostrou já estar ao nível da época transata e trabalhou de forma fantástica na esquerda do ataque, assistindo depois Quenda para o 3-0, numa finalização de primeira do extremo de 17 anos, o mais jovem de sempre a marcar pelo Sporting, com 17 anos, 3 meses e 5 dias.
Estávamos com apenas 24’ e havia certamente quem começasse a pensar em goleada, mas pouco depois, o FC Porto aproveitou o segundo erro incrível de Debast, com Galeno a reduzir para 1-3.
Foi uma primeira meia-hora frenética, em que ficou clara uma deficiente transição defensiva por parte do FC Porto, a sentir enormes dificuldades para travar Gyökeres. Por outro lado, apesar da vantagem de dois golos com que chegou ao intervalo, foram assustadoras algumas perdas de bola da defesa sportinguista, para além dos já referidos erros graves cometidos pelo reforço Debast. O belga foi opção de Rúben Amorim no lugar de Diomande, apesar de ter feito apenas um jogo no onze habitualmente titular antes desta Supertaça, tendo demonstrado dificuldades de entrosamento com os colegas.
O início do segundo tempo foi bem mais calmo, mas o ritmo de loucura voltou a partir do momento em que Nico González reduziu para 2-3, aos 64’, após boa jogada de Gonçalo Borges. E bastaram apenas dois minutos para o recém-entrado Stephen Eustáquio assistir Galeno para o bis do luso-brasileiro.
Vítor Bruno voltava a mexer na equipa, com Vasco Sousa a render Nico González aos 75’ (antes já Iván Jaime havia entrado para o lugar de Grujic), enquanto Rúben Amorim apenas aos 83’ fez a primeira substituição, com Edwards a render Trincão.
O FC Porto estava por cima e o guarda-redes Kovacevic evitou os festejos de Fran Navarro com uma grande defesa e a igualdade manteve-se, obrigando à disputa do prolongamento.
No tempo extra, com Diomande no lugar de Debast e Gyökeres, vindo de lesão, em dificuldades físicas, valeu o golo de Iván Jaime aos 102’, num lance em que a bola desviou em Mateus Fernandes e traiu Kovacevic. Um triunfo que comprova que a Supertaça é mesmo uma competição à moda dos dragões, que conquistaram a 24.ª Supertaça do seu historial, curiosamente batendo pela primeira o Sporting na disputa do troféu. Um justo prémio para os dragões, que mesmo a perderem por 3-0 nunca viraram a cara à luta, perante um Sporting que tem muito para rever.
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