Os 54 arguidos da "Operação Fénix", entre os quais está o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e o antigo administrador da SAD portista, Antero Henrique, começam esta quarta-feira a ser julgados, em Guimarães, num processo relacionado com a utilização ilegal de seguranças privados..Os arguidos respondem por associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico, posse de arma proibida e favorecimento pessoal..A lista de arguidos integra a empresa SPDE - Segurança Privada e Vigilância em Eventos, acusada de um crime de associação criminosa e outro de exercício ilícito de atividade de segurança privada. Eduardo Jorge Lopes Santos Silva, responde ainda por detenção de arma proibida..O julgamento vai decorrer no quartel dos Bombeiros Voluntários daquela cidade, uma vez que a Comarca de Braga não dispõe de uma sala com capacidade para acolher tanta gente, entre arguidos, advogados e forças policiais. Além dos 54 arguidos, há mais de 40 advogados e quase duas centenas de testemunhas. Entre as testemunhas está Fernanda Miranda, ex-companheira de Pinto da Costa..Eduardo Silva está indiciado de ter montado uma estrutura que, com recurso à força e à intimidação, lhe permitiu dominar a prestação de serviços de segurança em estabelecimentos de diversão noturna em vários locais do país..Um dos arguidos está acusado de ter agredido um jovem à porta de uma discoteca em Riba de Ave, Famalicão, em março de 2015, que viria a morrer..Pinto da Costa perde a cabeça com jornalista.A investigação concluiu ainda que a SPDE organizava também serviços de acompanhamento e proteção pessoal, para os quais não dispunha de alvará, tendo alguns arguidos sido acusados de terem requisitado esses serviços sabendo que era ilegal. Nesta situação encontram-se os arguidos Pinto da Costa e Antero Henrique, que foram acusados da prática de exercício ilícito da atividade de segurança privada..À chegada ao local do julgamento, o presidente do FC Porto, tentou evitar as questões dos jornalista enquanto falava ao telemóvel. Exceção feita a uma jornalista da CMTV, que o acusou de a empurrar. "Não seja mentirosa, não seja provocadora, mentirosa", repetiu em tom bastante alterado o mais mediático dos arguidos.