O procurador belga confirmou que o bombista suicida que ontem se fez explodir no aeroporto de Bruxelas era Ibrahim el-Bakraoui, que deixou uma mensagem e foi identificado pelas impressões digitais. O irmão Khalid el-Bakraoui fez-se explodir na estação de metro. De acordo com Frederic van Leeuw, o segundo suicida do aeroporto ainda não foi identificado e um terceiro atacante fugiu depois de ter deixado um "grande saco" de explosivos no aeroporto..Ou seja, houve pelo menos quatro atacantes, fazendo as contas aos referidos pelo procurador. Frederic van Leeuw não confirmou, no entanto, o terceiro homem do aeroporto como sendo Najim Laachraui, deixando claro que neste momento não pode dar mais informações para não atrabalhar as investigações. Van Leeuw fez ainda um novo balanço das vítimas: há neste momento 31 mortos confirmado e 270 feridos..Acompanhe em direto:.[artigo:5091399].O procurador revelou alguns pormenores sobre a mensagem deixada por el-Bakraoui, que foi encontrada no lixo perto da casa em Schaerbeek onde foram descobertos também 15 kg de explosivos - e onde a polícia chegou por indicação do motorista de táxi que os levou ao aeroporto. El-Bakraoui dizia que a polícia estava atrás dele e que não queria acabar numa cela de prisão. "Sempre em fuga, sem saber o que fazer, procurado em todo o lado", terá escrito Ibrahim..A informação dada na conferência de imprensa vem ao encontro das avançadas pela imprensa belga esta manhã, que dava conta de que os dois alegados terroristas que atuaram no aeroporto de Bruxelas na terça-feira seriam os irmãos El Bakraoui..O outro nome apontado pela imprensa não foi confirmado: é Najim Laachraui, que terá estado também envolvido nos atentados de Paris, tendo sido identificado após a captura, na sexta-feira, de Salah Abdeslam, em Bruxelas. O La Libre e o DH, chegaram a avançar a detenção de Laachraui, esta manhã, mas recuaram..[twitter:711959798724562945].O ADN de Laachraui foi encontrado numa casa no sul da Bélgica onde terão sido preparados os atentados em Paris. Estava também num carro que foi controlado a 9 de setembro de 2015 na fronteira austro-húngara, viajando com Salah Abdeslam e Mohamed Belkaïd, um argelino de 35 anos que foi abatido numa operação policial, na terça-feira, dia 15 de março, em Forest. Nesse controlo deu outro nome, Soufiane Kayal. Sabe-se ainda que viajou para a Síria em fevereiro de 2013, para lutar contra o exército sírio, com o "nome de guerra" Abou Idriss, e que era procurado na Bélgica por ter agido como recrutador para o grupo Estado Islâmico, mas que conseguiu regressar ao país..Os outros dois alegados terroristas foram identificados como Khalid El Bakraui e Ibrahim El Bakraui. A televisão pública belga RTBF indica que um se fez explodir no aeroporto, mas que o outro terá morrido no metro. Ambos tinham cadastro, mas não haveria indicações da sua radicalização.Os dois irmãos repetem um padrão que se tornou familiar nos últimos meses: o dos irmãos jihadistas, dos Kouachi, que atacaram o Charlie Hebdo, aos Abdeslam, dos atentados de 13 de novembro em Paris. No outro aldo do Atlântico há também o caso dos irmãos Tsarnaev, que em 2013 atacaram na maratona de Boston..Pelo menos 31 pessoas morreram nos atentados reivindicado pelo grupo Estado Islâmico: 11 pessoas morreram nas duas explosões no aeroporto de Zaventem na terça-feira; na estação de metropolitano de Maelbeek, a apenas 200 metros da sede da Comissão Europeia, uma terceira explosão provocou a morte a pelo menos 20 pessoas..com Lusa.[Este artigo foi atualizado pela última vez às 16.00 de quarta-feira, 23 de março. Leia aqui a história dos eventos mais recentes.]